CONHEÇA LAICA E UMA AMIZADE QUE VAI ALÉM DA VIDA.
19/05/13- Na última segunda-feira, um homem foi encontrado morto no Parque da Macaqueira, uma área de uma beleza natural ímpar, mas que, infelizmente, devido a falta de policiamento, tem sido local de uso de drogas , assaltos e homicídios. Mas nesta história uma personagem terminou chamando a atenção daqueles que acompanharam o que ocorreu no parque no início da semana
Laica, esta cadela vira-latas, pôs fim a uma longa busca feita pela família Silvério, seu dono, que desde o dia 13 passado, era procurado pelos familiares.
A esposa de Silvério Silva de Menezes, de 30 anos, já havia percorrido os quatro cantos da cidade . Sem sucesso nas buscas, a família chegou a registrar o desaparecimento de vítima na delegacia local até que, na segunda, a esposa soube que Silvério teria sido visto indo em direção ao Parque da Macaqueira na companhia de um homem, e Katiane, com ajuda da cunhada e alguns conhecidos, decidiu ir até lá. E é aí que a cadelinha Laica entra na história.
Por causa de sua forte ligação com Silvério, a família resolveu levar Laica para ajudar nas buscas. " Ela sempre estava junto dele, onde ele ia, ela ia atrás, por isso eu quis que ela viesse conosco", relatou Katiane.
Katiane disse a nossa reportagem que já tinham percorrido uma grande extensão do território do parque e já estavam desistindo das buscas até que, em determinado local da estrada de chão , a cadela adentrou no matagal. A irmã de Silvério, Sheyla, que estava atenta a tudo que Layca fazia, resolveu passar a cerca e segui-la. Foi então que se deparou com o corpo de seu irmão, já em estado de gigantismo. O resto da história você já sabe. ( CLIQUE E REVEJA A MATÉRIA)
Katiane mostra ao pai onde está o corpo do marido |
Esta é mais uma história com final trágico em Jacobina, mas neste relato não é a violência o assunto principal, mas sim a amizade incondicional entre um cão e seu dono. Layca , em sua inocência animal tinha em Silvério, seu dono , um amigo para todas as horas. Ela não queria saber se ele era rico ou pobre, branco ou preto, se tinha passagem ou não pelo polícia, ela apenas gostava da companhia dele, que agora não está mais por perto , e certamente para ela, ter encontrado seu corpo abandonado na mata tenha sido sua última homenagem ao amigo morto.
Essa cadelinha vira latas demostrou por seu dono um sentimento que ultrapassa a linha da vida e da morte. Ela agora está sem o amigo, mas não está só, pois a família de Silvério com certeza tem mais amor por ela agora do que já tinha antes de tudo o que aconteceu.
E o mais incrível disso tudo é que ainda tem gente que maltrata, bate, mata animais inocentes, que na maioria das vezes nem podem se defender. O homem, que é considerado o único animal racional, em algumas situações mostra que de racional não tem nada.
EMERSON ROCHA / BAHIA ACONTECE.
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