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Principal página do Anonymous no Facebook sai do ar

A maior página do Anonymous no Facebook, a AnonymousBr4sil, saiu do ar — pouco tempo depois de os hackativistas e simpatizantes da causa expressarem temor com repressões das autoridades.

A preocupação foi divulgada pelo movimento em uma de seus endereços no Facebook na noite desta quinta-feira (20). Após a mensagem (cujo conteúdo não foi editado pelo R7, que manteve a grafia original dela), pediram aos internautas que visitassem e curtissem a página reserva do Anonymous, como garantia.

“Temos dado amplo apoio e divulgação dos últimos protestos no Brasil e isto trouxe uma disparada sem igual em nossa página. Sabemos que estamos incomodando e pode chamar atenção das 'autoridades' e de alguma forma eles podem 'por fim' ao trabalho de maneira misteriosa. Por isso pedimos pra curtir nossa página 'reserva' pra no caso de 'perdermos' esta continuarmos nosso trabalho por lá!”, escreveram os hackativistas.

Além disso, o Anonymous espalhou um vídeo refletindo sua preocupação com a repressão. “Tentarão nos calar, mas verão que somos filhos que não fogem à luta”, disseram, antes de chamar atenção para os impostos PIS e COFINS.

“A PM pode mostrar que é não fantoche do governo”, diz o vídeo. “E nós também.”

O pronunciamento também relembra a ascensão de Adolf Hitler na Alemanha, após uma forte crise, e pediu cuidado com os desdobramentos das manifestações.

Os hackativistas do Anonymous assumiram uma espécie de liderança (ou, ao menos, servindo de referência) nas manifestações que ocorrem pelo Brasil afora. Eles já faziam parte dos protestos contra o preço das passagens, mas, depois que a meta de redução da tarifa foi atingida e deixou de ser a “força motriz” das passeatas, eles assumiram de vez a dianteira ideológica.

Prova disso é justamente a fanpage principal, que saiu do ar — mas que, antes, teve uma guinada explosiva.

“Só a diminuição dos valores das passagens não nos satisfaz”, dizem os hackers, em vídeo publicado no YouTube. No entanto, deixaram de lado polêmicas de cunho religioso ou ideológico, para atingir pontos unânimes e cruciais para a evolução política do Brasil.

1º: Não à PEC 37;

2º: Saída imediata de Renan Calheiros da presidência do Congresso Nacional;

3º: Imediata investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal;

4º: Queremos uma lei que torne corrupção no Congresso crime hediondo;

5º: Fim do foro privilegiado, pois ele é um ultraje ao Artigo 5º da nossa Constituição.

As manifestações sobre o item número 1, a PEC 37, devem acontecer já nesta semana. É uma proposta de emenda que elimina poderes de investigação do Ministério Público — que, desta forma, não poderia investigar crimes como o Mensalão, por exemplo.

O alcance das manifestações na web chegou a mais de 600 milhões de internautas, com oscilações entre uma quase unanimidade a favor dos protestos para uma decepção com os “excessos cometidos”, como vandalismo. Quando a tarifa foi reduzida, uma euforia também tomou conta dos internautas.

Na noite de segunda-feira, a contabilização de usuários somava 79 milhões engajados — ou seja, o salto foi de quase oito vezes no alcance, até a noite de ontem, em 48 horas. O mapeamento foi realizado online pela empresa Scup.

Ataques

O Anonymous divulgou na internet supostos dados pessoais, telefones e bens declarados de muitos dos principais líderes governamentais do Brasil. A lista inclui a presidente, Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, Renan Calheiros, Aécio Neves, Marina Silva, Tarso Genro e muitos outros.

Além disso, eles invadiram o site do PMDB na madrugada de terça para comemorar a grande adesão de pessoas aos protestos. Horas antes dos protestos pelo Brasil, o Anonymous havia invadido o Twitter da revista Veja.

Os sites da SPTrans e da Copa do Mundo também caíram na terça. Secretaria da Educação Estadual de São Paulo, de Transportes, PM e PF caíram antes. Nesta terça-feira, até um suposto affair de um PM com uma mulher casada entrou na lista de vazamentos.



FONTE: R7



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