Ministério da Saúde demite diretor por campanha 'Sou feliz sendo prostituta'
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, exonerou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco. A decisão foi tomada três dias depois da divulgação de uma campanha para combater o preconceito contra profissionais do sexo, que incluía uma peça com os dizeres: “Eu sou feliz sendo prostituta”. Elogiado por médicos e especialistas na prevenção de DST-Aids, o material provocou protestos entre a bancada evangélica. Nesta terça-feira, no Congresso, parlamentares pediram explicação sobre o tema. Padilha mandou, na noite desta terça (4), retirar todo material dessa campanha do site do DST-Aids, abrigado no portal do Ministério da Saúde. Pela manhã, o ministro havia determinado a retirada apenas da peça “Eu sou feliz sendo prostituta”. De acordo com ele, o material havia sido veiculado sem passar pelo crivo do departamento de publicidade. Greco estava no cargo desde meados de 2010.
Alguns deputados receberam a proposta da peça publicitária de maneira bastante reticente. Já outros, como o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) foram mais incisivos: "O que o governo faz é um crime, é apologia à prostituição. O governo está patrocinando um crime ao defender essa conduta", declarou ao jornal Folha de São Paulo. A deputada Liliam Sá (PSD-RJ) afirmou que a campanha do Ministério da Saúde era um desfavor à sociedade: "O que é isso? Ninguém é feliz sendo explorada sexualmente", afirmou à publicação. Irônico, o deputado João Campos (PSDB-GO) se arriscou a prever as próximas campanhas que serão criadas pelo ministério: Sou adúltero, sou feliz. Ou incestuoso, siga-me. Ou sou pedófilo, sou feliz, sou realizado". O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP) também pediu para que o governo desse explicações para o que considera uma "famigerada campanha". (Correio).
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