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Empresa de Eike Batista anuncia interrupção em produção de petróleo e causa prejuízos a investidores.

Agências reguladoras falham e investidores perdem





A OGX, do empresário Eike Batista, anunciou uma possível parada na produção do único poço de petróleo em operação. As ações da empresa caíram quase 30% na bolsa de valores.
Os poços explorados pelo empresário Eike Batista começaram a operar há cerca de um ano e foram apresentados como de altíssima produtividade. A estimativa inicial de produção era de 25 mil barris por dia.

O anúncio da petrolífera OGX encerra os investimentos nos três poços do campo de Tubarão Azul, em água rasa, na bacia de Campos. São os únicos em operação e podem deixar de produzir ao longo de 2014. Na nota divulgada nessa segunda-feira (1), a OGX informou que, “após análise detalhada, chegou-se à conclusão de que não há, no momento, tecnologia capaz de viabilizar, economicamente, qualquer investimento adicional nesse campo”.

Além disso, a OGX disse que o desenvolvimento em outros três campos, que nem chegaram a produzir, também será suspenso pelo mesmo motivo. A empresa, porém, mantém os planos para o campo de Tubarão Martelo, que deve começar a produzir no fim deste ano.
O anúncio fez as ações da OGX caírem 29,11%. Atingiram a mínima histórica de R$ 0,48 e fecharam o dia valendo R$ 0,56. Foi a maior baixa do pregão, o que ajudou a deixar o Ibovespa no vermelho.
Os especialistas do setor de petróleo dizem que o problema da OGX não é tecnológico. Para eles, faltam recursos da empresa para investir na tecnologia necessária.

“Petróleo é risco, petróleo naturalmente é risco. Não tem alternativa a não ser furar, achar, e desenvolver tecnologia e ter obstáculos. Na minha opinião, não é a viabilidade da tecnologia. É muito mais a capacidade financeira da empresa, com a tecnologia disponível, de ela poder reassumir esses compromissos”, diz David Zylbersztajn, especialista em energia.

Jornal da Globo.



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