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Jacobina fica atrás de Irecê e Senhor do Bonfim no IDH da ONU e continua no atoleiro político



Na propaganda alardeada pela administração municipal, o jacobinense certamente estaria morando em uma cidade com politicas públicas sérias e comprometidas com o bem estar da população, mas quando os números surgem pelas mãos de organismos científicos internacionais inquestionáveis, o discurso institucional local dissolve como sonrisal, provando mais uma vez a ausência de compromisso da classe política com a nossa cidade. Isso reflete um quadro preocupante que atravessa não apenas Jacobina, mas sua influência por ser sede administrativa regional e, seu descompasso, traz graves consequências a municípios que orbitam seu território.
De acordo com o ATLAS IDHM de 2013, divulgado nesta segunda-feira, 29, em Brasília, pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e feito com base nos dados do Censo de 2010, o município de Jacobina encontra-se na triste posição 3.136, entre os 5.565 municípios do país, perdendo posições para muitas cidades bem menores demográfica e economicamente. Pela aferição feita junto aos indicadores do IBGE, que leva em consideração elementos como renda, educação e longevidade, Jacobina é ultrapassado de longe por Irecê (posição de número 2.161) e Senhor do Bonfim (posição de número 2.759). Isso significa que temos na prática uma educação, tempo de vida e renda percapita inferiores a esses municípios, consequentemente uma qualidade de vida igualmente inferior.
É importante ressaltar que esse quadro traduz uma sequência de governos ineficientes ao longo dos últimos anos. Governos que aplicam mal os recursos públicos e que, no mínimo, não projetam prioridades na execução de ações que visem promover o desenvolvimento do indivíduo. Neste caso, o cidadão. Aliado a tudo isso, temos um cenário repetitivo de perfis políticos se alternando no poder, que invariavelmente se utilizam de métodos condenáveis e muito semelhantes na condução de suas gestões. É sempre a mesma coisa: cooptação do legislativo, o que impede a sociedade de exercer fiscalização eficiente da aplicação dos recursos; privilégios e excessos nas nomeações de cargos comissionados; falta de transparência nos processos licitatórios; ausência de projetos sociais democratizados, além de tomadas de posições monocráticas e absolutistas dos governantes. Uma cultura arcaica de mando e obediência.
Em que pese toda essa situação em Jacobina continuar mantendo o seustatus quo (expressão latina que significa: estado atual das coisas), o eleitor também continua avaliando precariamente o seu voto, pois governos e governantes são reflexos das urnas. No rastro dessa pobreza governamental, os municípios jurisdicionados à Jacobina enfeitam o cabedal da miséria humana. Destacamos o piores do ranking na região, que igualmente são defenestrados pelo modelo recorrente de suas administrações: Ourolândia (posição 5.049); Várzea Nova (posição 5.128); São José do Jacuípe (posição 5.169); Saúde (posição 5.209); Caém (posição 5.253) e Umburanas (posição 5.481). Todos classificados pela ONU como baixo IDH.

CIDADÃO DO POVO 

Um comentário:

  1. Isso é uma vergonha. Fruto do furto ao dinheiro público, da desonestidade, nepotismo ...

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