Alto-falantes como este estão espalhados pela parte central da cidade. |
Se já não bastassem as queixas e reclamações recorrentes da população a respeito da barulheira que afeta o seu cotidiano e também a sua saúde, a Prefeitura de Jacobina resolve reforçar ainda mais o potencial ofensivo contra a sensibilidade auditiva dos habitantes e transeuntes do centro da cidade, permitindo a instalação de dezenas de potentes caixas de alto-falantes espalhadas em diversos postes de iluminação das vias centrais, contrastando com as normas municipais já existentes, que proíbem a circulação de carros volantes de publicidade por essas mesmas ruas e avenidas, sob o argumento de poupar os bancos, residências, casas comerciais, clientes, órgãos e repartições públicos e pedestres do sofrimento sonoro perturbador.
Na gestão passada, a então prefeita Valdice Castro, atendendo apelos da população, retirou essa parafernália das ruas e acabou com a instrumentalização da prática jurássica desse meio sonoro, que há muito não se vê nas cidades interioranas, exceto aquelas desprovidas de mídias alternativas modernas e eficientes, cujas propostas não obrigam as pessoas a ouvirem forçosamente suas transmissões. Entretanto, a atual gestão, insensível a tamanha poluição sonora a qual está submetida a população local, ressuscita uma proposta engavetada pela administração anterior, aumentando ainda mais a fervura do stress urbano. "É dose pra leão, você aguentar um troço desse o dia todo, tendo que atender seus pacientes, fazer consultas e trabalhar!", reclama um profissional liberal que atende no centro da cidade e tem uma dessas caixas de som a poucos metros de sua sala. Ironicamente, compete exatamente à Prefeitura, por força de Lei, controlar os limites desse tipo de atividade, preservando os cidadãos dos efeitos danosos à sua saúde, respeitando os limites do código de posturas, meio ambiente e outros. Muitas vezes por omissão das autoridades, casos dessa natureza têm ido parar até mesmo na delegacia de polícia.
Cidadão do Povo
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