PM apura conduta de soldado fardada em propaganda de salão de beleza

A Polícia Militar do Distrito Federal abriu investigação interna sobre a conduta de uma soldado que aparece, fardada e usando uma moto da corporação, em uma propaganda de salão de beleza. Em nota, a PM diz que a Corregedoria abriu procedimento para “esclarecer a situação”. Não há prazo para a conclusão do inquérito.
Nas imagens, a mulher identificada como “SD [soldado] Caroline” chega ao salão de beleza Hélio Diff fardada, com emblema e moto do Grupamento Tático Móvel (GTM) da PM. Após ser cumprimentada pelo próprio empresário – que dá nome à rede de estabelecimentos –, ela passa por sessão de maquiagem e penteado estilizado.


Em seguida, a policial amarra o cabelo, volta a posicionar o quepe e deixa o local, na mesma moto do GTM, como se estivesse retornando ao trabalho. O empresário Hélio Nakanishi afirmou que não esperava essa repercussão negativa e que o vídeo tinha “a melhor das intenções”.


“NÃO TÍNHAMOS CONHECIMENTO [DA PROIBIÇÃO]. A PRÓPRIA POLICIAL DISSE QUE ESTAVA AUTORIZADO, E QUE PASSARIA O VÍDEO AO DEPARTAMENTO DE MARKETING DA PM. ELA É NOSSA CLIENTE, E FIZEMOS O VÍDEO PARA A SEMANA DA MULHER [EM MARÇO]”, DIZ ELE.

Punição indefinida
Na nota enviada à TV Globo, a PM não informa se há algum procedimento padrão para esse tipo de caso, e não diz se a soldado pode receber algum tipo de punição.
No Código Penal Militar, válido para todo o país, não existe regra explícita contra o uso de farda militar fora do ambiente de serviço – durante a folga ou o horário de almoço, por exemplo.
O artigo 171 do código fala sobre o “uso indevido por militar de uniforme, distintivo ou insígnia”, mas não esclarece as situações que poderiam ser entendidas nesse contexto. O crime prevê detenção de seis meses a um ano, “se o fato não constitui crime mais grave”.

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