Desde que as carretas com 90 toneladas de urânio foram impedidas de passar pela cidade, em um protesto organizado por ambientalistas, a carga está armazenada no município vizinho de Guanambi.
A decisão de tentar novamente levar a carga a Caetité foi tomada depois de uma reunião com o presidente da INB, Alfredo Trajan Filho, que foi até o local para acompanhar de perto as negociações.
A comissão decidiu ainda que a carga permanecerá lacrada nas instalações da INB, até que "sejam satisfeitos todos os requisitos de segurança dos trabalhadores da INB e do meio ambiente". O sindicato dos mineradores da região questionava se a empresa tinha condições de realizar a reembalagem do material.
"Não vamos escoltar a carga. Vamos garantir a integridade do material e também das pessoas', afirmou o capitão Marcelo Pitta, assessor de comunicação da PM baiana.
Ele também disse que a polícia ainda não foi avisada de quando será realizado o transporte do urânio.
A alegação dos ambientalistas era que as carretas transportavam lixo tóxico. A Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) enviou um representante para a cidade. Junto com os outros membros da comissão, ele inspecionou a carga e verificou que se tratava de concentrado de urânio ("yellow cake"), o mesmo extraído na mina de Caetité, que tem baixa radioatividade.
Folha.com
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