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O detento morto ainda não teve a identidade divulgada, mas informações dão conta que foi morto pelos outros presos vítima de enforcamento e há informações não confirmadas de uma pessoa queimada durante o motim, que começou por volta das 14h de quinta-feira (20).

O movimento é chamado pelos detentos de “Comando do Belo” em referência a Edvaldo Castro do Nascimento, que é apontado como líder da rebelião. Ele está preso há quatro anos no local cumprindo pena de 22 anos por latrocínio.

Um policial, que não quis se identificar, disse que Edvaldo Castro comanda o tráfico de drogas na região de dentro do presídio. Para isso, ele mantinha contato com a mulher Daiana Silva de Jesus através de um celular. Há informações que esse aparelho foi apreendido, o que levou Edvaldo a iniciar o motim. Daiana, que está do lado de fora do presídio, nega a acusação de tráfico de drogas.

Os rebelados pedem transferência para outras unidades, a permissão para entrada de alimentos enviados por familiares e que as visitas sejam feitas nos pavilhões do Complexo. Atualmente, acontecem uma área reservada para visitas, que conta com seis quartos para encontros íntimos.

O major César Bonfim, diretor do presídio, disse que os presos destruíram as câmeras e fecharam os portões do complexo com colchões. O major disse que além de Edvaldo foram identificados outros oito internos que estariam comandando a rebelião. Caso a participação deles seja confirmada, eles vão responder por dano ao patrimônio, cárcere privado, tortura, além de homicídio e lesão corporal se houver mortos e feridos.

A negociação é comandada pelo major Júlio Ferreira, que representa a Superintendência de Gestão Prisional ligada a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), além do tenente-coronel Vítor da 16ª CIPM, do coronel Fonseca do Pelotão de Choque e do major Marcos Aurélio.

A juíza da Vara Crime, Maria Angélica Carneiro, a promotora Núbia Rolim dos Santos, a defensora Elaine Moura Pimentel e os delegados de Serrinha, Daniel Tuy, e de Araci, Ana Carina Guerra, estão do lado de fora da unidade acompanhando a negociação que foi suspensa devido às novas exigências – não divulgadas pela polícia – feitas pelos presos.

O Complexo conta com 460 presos, sendo que a capacidade é para 476 internos.

Da redação CN * com informações Atarde / foto Luiz Tito

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