No total, foram 63 campanhas de recall em 2010, envolvendo 1,4 milhão de automóveis e motocicletas - um aumento de 96,4% em relação aos 729,5 mil veículos incluídos nas 44 campanhas do ano retrasado. O ano de 2011 começou com um megarecall da Ford, anunciado na sexta-feira (21), de 300,8 mil modelos EcoSport e Fiesta.

Segundo dados do DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça, o número de veículos que tiveram de voltar às lojas para conserto em 2010 - ano em que as vendas bateram recorde, com 3,5 milhões de unidades - é o segundo maior desde a criação, há 20 anos, do Código de Defesa do Consumidor, que obriga empresas a recolherem produtos que coloquem em risco a vida e a saúde dos consumidores.

De acordo com o DPDC, do total de recalls feitos no ano passado, 51 envolviam 1,1 milhão de automóveis, comerciais leves e caminhões, número 136% maior que o do ano anterior. Para as motos, foram 12 campanhas, com 341,6 mil veículos, 27,3% acima de 2009.

O coordenador geral de assuntos jurídicos do DPDC, Amaury Oliva, diz que o aumento de campanhas de recall é resultado de um conjunto de fatores que incluem aumento de produção e vendas, maior transparência por parte das empresas e maior maturidade dos consumidores.

Na visão de Oliva, o recall em si não é ruim, apesar de muitas vezes ser um transtorno para o consumidor.

- É melhor ter do que não ter, pois o que mais nos preocupa é manter produtos com defeito no mercado.

Em 2000, quando houve o recorde de recall, 1,3 milhão do total recolhido eram do modelo Corsa, da General Motors. Um defeito no cinto de segurança do modelo resultou em dois acidentes com vítimas fatais.
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R7

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