Advogado diz que é fácil jogar toda a culpa na empresa, mas município não faz sua parte para evitar clandestinos e que estoria de fiscalização e troca de pneus não existiu. " Desde que assumiu, a gestão não fez nenhuma fiscalização"
09/10/13- A convite da Câmara Municipal de vereadores, estiveram presentes na sessão ordinária desta quarta-feira, o gerente e o advogado da empresa HILA TRANSPORTES. Em sua fala, o advogado, Dr Cantídio, afirmou durante a sessão que, vários são os fatores que contribuiram para a atual situação da empresa, que foi agravada pela perda do contrato de transporte escolar do município, que representava a maior parte das entradas. "Quando foi feito este contrato a empresa também tinha o contrato de transporte escolar, que correspondia a 80% do faturamento da empresa. Na última licitação, por motivos que não nos cabem comentar, não pudemos participar e isto representou um grande baque grande no caixa da HILA.
Mas felizmente estamos em processo de negociação com um grupo investidor de São Paulo, que já visitou a empresa para averiguar a situação dos débitos , dos credores etc, e podemos dizer que há 90% de chances desta parceria ser concretizada. Com a chegada deste sócio, os problemas financeiros serão sanados, e 5 ônibus estarão chegando na cidade. A empresa hoje possui 15 ônibus, que estão dentro do que rege o contrato, mas estão bem próximo dos 10 anos, e estas novas unidades representarão uma melhoria no serviço.
Com relação a colocação de cobradores nos coletivos, uma das reinvindicações da população, o advogado afirmou o seguinte: " O contrato não estabelece a obrigatoriedade de cobrador, é inviável hoje para os ônibus urbanos. Eles rodam em média 300 KM por dia, com faturamento em torno de R$ 178,00 diário. Para colocar cobrador ou o município teria que assumir, ou o valor teria que ser repassado a população.
Outro fator que prejudica diretamente o faturamento da empresa, segundo o advogado, é o transporte clandestino e o serviço de mototaxi nos padrões atuais. " Os clandestinos causam o maior problema para a empresa. Os custos deles são baixos, não tem que pagar impostos ou funcionários e consequentemente podem cobrar mais baratos. Na zona rural a concorrência é desleal, mas ninguém faz nada. Estivemos com o prefeito, reinvindicamos um posicionamento, passamos as placas dos veículos clandestinos para que a prefeitura fiscalizasse e cobramos ações por parte do município. À época Dr Rui se comprometeu a fiscalizar e coibir este tipo de serviço, mas nada foi feito desde então por parte do poder público.
Em relação ao acidente, Dr Cantídio fez algumas considerações : " Sempre que ocorre um acidente, agente vai averiguar as causas. Acidente é acidente, uma fatalidade, mas estamos aguardando os laudos da perícia e a partir daí vamos saber o que realmente aconteceu. Provavelmente pode ter sido a soma de vários fatores ( Manutenção , estradas ruins, etc). Quem tem carro sabe que como estão as estradas que nós temos, até quem tem carro novo sai da concessionária e já sai com o carro batendo. A situação das vias é péssima. Isso não justifica, mas influencia. Agora sobre o acidente, é fácil jogar toda a culpa na Hila porque a HILA não tem força política, é o mais fraco da história,
Sobre os reclamações das vítimas do acidente, foi dito o seguinte: " Na medida do possível a HILA vem dando toda assistência aos acidentados. Já com relação ao atendimento médico das vítimas do acidente, houve muitas cobranças da mídia relacionadas a demora, mas na verdade é fato e notório que a cidade dispõe de um atendimento medico que não atende as necessidades da população. O que ocorreu neste caso específico foi que os acidentados foram levados ao Hospital Antônio Teixeira, mas lá só fizeram o atendimento preliminar os curativos, consultas, coisas deste tipo. Já o atendimento especializado não aconteceu. Afirmaram que a máquina tava quebrada, que ressonância não podia ser feito lá etc. A empresa então se responsabilizou e bancou tudo do próprio bolso. Agente, na medida do possível, marcou médicos especialistas da rede particular para as vítimas que o município não atendeu. Assumimos estes custos, a verdade foi essa, e tivemos que pagar particular. E em todos os casos o município não atendeu e tivemos que pagar particular, e o que aconteceu foi que as famílias reclamaram porque queriam atendimento de imediato mas isso não foi possível porque o município não tem médico.Essa é uma situação que não depende só da HILA para se fazer.É um problema que não pudemos resolver.
Já sobre a situação das fiscalizações veiculares dos ônibus , o advogado disse que para ônibus coletivos rege que a fiscalização, tem que ser feita pela Certificar, feita de ano em ano, e sobre isto estamos em dia. Com relação a fiscalização da prefeitura, o contrato rege que a prefeitura pode fazer a qualquer momento, ela pode ser feita pelo órgão competente que, se quiser pode até realizá-la todo dia se quiser, mas a verdade é que este ano a prefeitura ainda não fez nenhum tipo de fiscalização, que fique claro isso.
Outro ponto que eu gostaria de salientar é que, inclusive, o representante do SMTT, deu uma declaração infeliz que prejudicou bastante a HILA. Posteriormente ao acidente ele foi a público relatar que os pneus que estavam no ônibus acidentado não eram os pneus que tinham sido vistoriados pelo SNTT pouco antes do acidente, mas a verdade é que não houve esta vistoria, mas como o Sr ( Vereador Tiago Dias) já fez a solicitação para que se mostre o laudo, eu quero confirmar, porque na verdade não houve esta vistoria, mas é cômodo ir pra mídia dizer " Não , este pneu não eram os vistoriados", e jogar toda culpa na empresa, mas foi uma atitude infeliz. Nós conversamos com o prefeito sobre essa declaração. Ele disse que iria falar com o diretor do SMTT, que haveria uma retratação em público, nós pedimos que fosse feito isso, mas até o momento isso não aconteceu. Mas é como eu disse pra vocês, mais uma vez querem jogar toda a culpa na empresa. Como vocês pediram o laudo, quando chegar eu quero ver, se ele chegar é claro.
O causídico continuou sua fala dizendo: "Hoje a HILA, com toda dificuldade, mantém um quadro de 40 funcionários, seria conveniente para o grupo retirar os ônibus daqui e fechar as portas, mas a empresa não vai fugir ao compromisso com o município. Tem gente lá que trabalha desde a primeira empresa e queremos manter os empregos destes pais de família. Estamos fazendo um equilíbrio de contas até que este grupo novo chegue e a situação melhore, mas isto depende também de vários fatores, principalmente da ação do poder municipal, fazendo a sua parte e coibindo o transporte clandestino. Quando o poder municipal regulamentar os clandestinos, os mototaxis, (agente não quer acabar com os mototaxis, queremos que o serviço seja regulamentado), para que eles tenham um padrão para trabalhar, certamente a situação vai melhorar para todos.
Já o gerente da empresa , Sr Roberto, ressaltou que: " Hoje os problemas que a empresa enfrenta aqui , não enfrenta em outros municípios. Há outras cidades que o grupo presta um serviço de excelência, Só aqui temos estes problemas. (Estradas ruins, concorrência desleal, falta de fiscalização por parte do município). Os proprietários da empresa são pessoas sérias e para eles, ir embora hoje seria uma sensação de incompetência. Eles querem continuar no município. Porisso o grupo atual está se unindo a outro grupo de São Paulo que vai investir de imediato em cinco ônibus no padrão de ano e os serviços vão melhorar, mas pedimos a contribuição da população e do poder público, porque enquanto não se acabar com os clandestinos nenhuma empresa vai conseguir se firmar por aqui. Depois do acidente fizemos uma reunião na empresa e eu me comprometi mesmo a colocar cobradores nos ônibus e não foi feito, mas também a prefeitura se comprometeu a intensificar a fiscalização , entretanto ninguém fez nada. A empresa está aqui pra ser parceira do que for melhor para o município e pedimos que se dê mais uma chance para a HILA, para que ela possa mostrar o trabalho que tem pra fazer. Daqui pro próximo mês vocês já poderão notar uma melhora nos serviços prestados pela empresa.
# Nossa redação entrou em contato com o chefe do SMTT Wagne Melkart, que nos informou que tem documentos que comprovam a fiscalização, mas que não ia comentar sobre a declaração do advogado da empresa. Dr. Cantídio, nem apresentar os documentos, a não ser que estes fossem solicitados pela Justiça.
Emerson Rocha / Bahia Acontece.
09/10/13- A convite da Câmara Municipal de vereadores, estiveram presentes na sessão ordinária desta quarta-feira, o gerente e o advogado da empresa HILA TRANSPORTES. Em sua fala, o advogado, Dr Cantídio, afirmou durante a sessão que, vários são os fatores que contribuiram para a atual situação da empresa, que foi agravada pela perda do contrato de transporte escolar do município, que representava a maior parte das entradas. "Quando foi feito este contrato a empresa também tinha o contrato de transporte escolar, que correspondia a 80% do faturamento da empresa. Na última licitação, por motivos que não nos cabem comentar, não pudemos participar e isto representou um grande baque grande no caixa da HILA.
Mas felizmente estamos em processo de negociação com um grupo investidor de São Paulo, que já visitou a empresa para averiguar a situação dos débitos , dos credores etc, e podemos dizer que há 90% de chances desta parceria ser concretizada. Com a chegada deste sócio, os problemas financeiros serão sanados, e 5 ônibus estarão chegando na cidade. A empresa hoje possui 15 ônibus, que estão dentro do que rege o contrato, mas estão bem próximo dos 10 anos, e estas novas unidades representarão uma melhoria no serviço.
Com relação a colocação de cobradores nos coletivos, uma das reinvindicações da população, o advogado afirmou o seguinte: " O contrato não estabelece a obrigatoriedade de cobrador, é inviável hoje para os ônibus urbanos. Eles rodam em média 300 KM por dia, com faturamento em torno de R$ 178,00 diário. Para colocar cobrador ou o município teria que assumir, ou o valor teria que ser repassado a população.
Outro fator que prejudica diretamente o faturamento da empresa, segundo o advogado, é o transporte clandestino e o serviço de mototaxi nos padrões atuais. " Os clandestinos causam o maior problema para a empresa. Os custos deles são baixos, não tem que pagar impostos ou funcionários e consequentemente podem cobrar mais baratos. Na zona rural a concorrência é desleal, mas ninguém faz nada. Estivemos com o prefeito, reinvindicamos um posicionamento, passamos as placas dos veículos clandestinos para que a prefeitura fiscalizasse e cobramos ações por parte do município. À época Dr Rui se comprometeu a fiscalizar e coibir este tipo de serviço, mas nada foi feito desde então por parte do poder público.
Em relação ao acidente, Dr Cantídio fez algumas considerações : " Sempre que ocorre um acidente, agente vai averiguar as causas. Acidente é acidente, uma fatalidade, mas estamos aguardando os laudos da perícia e a partir daí vamos saber o que realmente aconteceu. Provavelmente pode ter sido a soma de vários fatores ( Manutenção , estradas ruins, etc). Quem tem carro sabe que como estão as estradas que nós temos, até quem tem carro novo sai da concessionária e já sai com o carro batendo. A situação das vias é péssima. Isso não justifica, mas influencia. Agora sobre o acidente, é fácil jogar toda a culpa na Hila porque a HILA não tem força política, é o mais fraco da história,
Sobre os reclamações das vítimas do acidente, foi dito o seguinte: " Na medida do possível a HILA vem dando toda assistência aos acidentados. Já com relação ao atendimento médico das vítimas do acidente, houve muitas cobranças da mídia relacionadas a demora, mas na verdade é fato e notório que a cidade dispõe de um atendimento medico que não atende as necessidades da população. O que ocorreu neste caso específico foi que os acidentados foram levados ao Hospital Antônio Teixeira, mas lá só fizeram o atendimento preliminar os curativos, consultas, coisas deste tipo. Já o atendimento especializado não aconteceu. Afirmaram que a máquina tava quebrada, que ressonância não podia ser feito lá etc. A empresa então se responsabilizou e bancou tudo do próprio bolso. Agente, na medida do possível, marcou médicos especialistas da rede particular para as vítimas que o município não atendeu. Assumimos estes custos, a verdade foi essa, e tivemos que pagar particular. E em todos os casos o município não atendeu e tivemos que pagar particular, e o que aconteceu foi que as famílias reclamaram porque queriam atendimento de imediato mas isso não foi possível porque o município não tem médico.Essa é uma situação que não depende só da HILA para se fazer.É um problema que não pudemos resolver.
Já sobre a situação das fiscalizações veiculares dos ônibus , o advogado disse que para ônibus coletivos rege que a fiscalização, tem que ser feita pela Certificar, feita de ano em ano, e sobre isto estamos em dia. Com relação a fiscalização da prefeitura, o contrato rege que a prefeitura pode fazer a qualquer momento, ela pode ser feita pelo órgão competente que, se quiser pode até realizá-la todo dia se quiser, mas a verdade é que este ano a prefeitura ainda não fez nenhum tipo de fiscalização, que fique claro isso.
Outro ponto que eu gostaria de salientar é que, inclusive, o representante do SMTT, deu uma declaração infeliz que prejudicou bastante a HILA. Posteriormente ao acidente ele foi a público relatar que os pneus que estavam no ônibus acidentado não eram os pneus que tinham sido vistoriados pelo SNTT pouco antes do acidente, mas a verdade é que não houve esta vistoria, mas como o Sr ( Vereador Tiago Dias) já fez a solicitação para que se mostre o laudo, eu quero confirmar, porque na verdade não houve esta vistoria, mas é cômodo ir pra mídia dizer " Não , este pneu não eram os vistoriados", e jogar toda culpa na empresa, mas foi uma atitude infeliz. Nós conversamos com o prefeito sobre essa declaração. Ele disse que iria falar com o diretor do SMTT, que haveria uma retratação em público, nós pedimos que fosse feito isso, mas até o momento isso não aconteceu. Mas é como eu disse pra vocês, mais uma vez querem jogar toda a culpa na empresa. Como vocês pediram o laudo, quando chegar eu quero ver, se ele chegar é claro.
O causídico continuou sua fala dizendo: "Hoje a HILA, com toda dificuldade, mantém um quadro de 40 funcionários, seria conveniente para o grupo retirar os ônibus daqui e fechar as portas, mas a empresa não vai fugir ao compromisso com o município. Tem gente lá que trabalha desde a primeira empresa e queremos manter os empregos destes pais de família. Estamos fazendo um equilíbrio de contas até que este grupo novo chegue e a situação melhore, mas isto depende também de vários fatores, principalmente da ação do poder municipal, fazendo a sua parte e coibindo o transporte clandestino. Quando o poder municipal regulamentar os clandestinos, os mototaxis, (agente não quer acabar com os mototaxis, queremos que o serviço seja regulamentado), para que eles tenham um padrão para trabalhar, certamente a situação vai melhorar para todos.
Já o gerente da empresa , Sr Roberto, ressaltou que: " Hoje os problemas que a empresa enfrenta aqui , não enfrenta em outros municípios. Há outras cidades que o grupo presta um serviço de excelência, Só aqui temos estes problemas. (Estradas ruins, concorrência desleal, falta de fiscalização por parte do município). Os proprietários da empresa são pessoas sérias e para eles, ir embora hoje seria uma sensação de incompetência. Eles querem continuar no município. Porisso o grupo atual está se unindo a outro grupo de São Paulo que vai investir de imediato em cinco ônibus no padrão de ano e os serviços vão melhorar, mas pedimos a contribuição da população e do poder público, porque enquanto não se acabar com os clandestinos nenhuma empresa vai conseguir se firmar por aqui. Depois do acidente fizemos uma reunião na empresa e eu me comprometi mesmo a colocar cobradores nos ônibus e não foi feito, mas também a prefeitura se comprometeu a intensificar a fiscalização , entretanto ninguém fez nada. A empresa está aqui pra ser parceira do que for melhor para o município e pedimos que se dê mais uma chance para a HILA, para que ela possa mostrar o trabalho que tem pra fazer. Daqui pro próximo mês vocês já poderão notar uma melhora nos serviços prestados pela empresa.
# Nossa redação entrou em contato com o chefe do SMTT Wagne Melkart, que nos informou que tem documentos que comprovam a fiscalização, mas que não ia comentar sobre a declaração do advogado da empresa. Dr. Cantídio, nem apresentar os documentos, a não ser que estes fossem solicitados pela Justiça.
Emerson Rocha / Bahia Acontece.
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