De 1º a 31 de
novembro toda a Bahia vacina contra a Febre Aftosa os bovinos e
bubalinos com idade até 24 meses. Nesta segunda etapa de vacinação, a
redução da faixa etária vacinal vale também para a Zona de Proteção. O
parecer favorável do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
(Mapa), divulgado no dia 23 de outubro deste ano, igualou os municípios
de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Mansidão,
Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Buritirama ao restante do
Estado na estratégia de imunização. Uma conquista para os criadores e
resultado de intenso trabalho do governo do estado, através da Agência
de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria Estadual
da Agricultura (Seagri). Aproximadamente 270 mil pecuaristas serão
atendidos e cerca de 7 milhões de cabeças entre bovinos e bubalinos, com
idade superior a 24 meses, ficarão isentos de serem vacinados. Essa
quantidade representa uma redução direta da ordem de R$ 13,5 milhões
para os criadores nos custos da produção da pecuária baiana. A Zona de
Proteção agregou a estes números cerca de 10 mil criadores que antes
vacinavam todas as 330 mil cabeças – jovens e adultas – para manter o
rebanho livre da doença, já que, os municípios fazem divisa com Estados
antes caracterizados com status sanitário de médio risco, agora, com
reconhecimento nacional para livre de febre aftosa com vacinação.
Na
avaliação do Secretário de Agricultura, Eduardo Salles, o maior
benefício de todo esse trabalho é tornar efetivamente igualitário o
negócio pecuário, oferecendo as mesmas condições para os criadores de
todo o território baiano e demonstrando que, quando há integração entre
Governo e setor produtivo, os ganhos são de todos. “A unificação da
faixa etária vacinal é um demonstrativo do quanto estamos preocupados
com o homem do campo, reafirmando o compromisso do governo também com os
criadores da Zona de Proteção”, ressalta Salles.
A
Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste, com
11.173.003 de cabeças existentes no território baiano, e tem
apresentado, nos últimos anos, uma estabilidade sanitária referenciada
nacionalmente. “As atividades para garantir a sanidade do rebanho baiano
vêm sendo consolidadas a cada ano pelo governo estadual através de
ações de políticas públicas. O MAPA atendeu ao pleito por acreditar no
trabalho da Adab e na responsabilidade dos criadores”, comenta a
superintendente federal do Mapa/SFA na Bahia, Virgínia Hagge,
ressaltando que o planejamento da Defesa Agropecuária Baiana está
alinhado com as diretrizes do Mapa dentro do Programa Nacional de
Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA).
O
presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), João
Martins, acrescenta que, mesmo diante da forte seca que se iniciou em
2011, a Seagri/Adab desenvolveu medidas que mantiveram o índice vacinal
acima de 90%. “Nesse momento, temos que continuar unindo esforços e
compartilhando responsabilidades para não comprometer o patrimônio da
pecuária do Estado”, afirma.
“Vamos
demonstrar que o nosso produtor compartilha esta responsabilidade com o
Estado, atingindo índices vacinais superiores aos exigidos pela da
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”, incentiva o diretor de
Defesa Sanitária Animal, Rui Leal. “A cada degrau atingido na prevenção
contra a febre aftosa, aumenta o compromisso dos criadores e seu empenho
na vacinação dos seus animais”, disse.
No
prazo de até 15 dias após a aplicação da vacina, os criadores devem
comparecer às unidades da Adab, munidos da nota fiscal de compra, para
declarar todo o rebanho de bovinos e bubalinos, por sexo e faixa etária.
O diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, esclarece que, além de
atualizar o número de nascimentos e de óbitos, de acordo com o cadastro,
é preciso informar todos os equinos, caprinos, ovinos, suínos,
asininos, muares, aves, abelhas e animais aquáticos existentes nas
propriedades. “Ter uma boa base cadastral é extremamente importante para
a manutenção do status sanitário, juntamente com o índice de
imunização, a vigilância ativa e a fiscalização intensiva. Por isso, o
criador deve declarar também todas as espécies de animais existentes nas
propriedades”, conclui Torres, já que o monitoramento dos dados é
fundamental para a tomada de decisões e o norteamento das ações. “A
Bahia está dando mais um passo para uma agropecuária ainda mais forte e
segura”.
Os
produtores que não possuem animais nesta faixa de idade (isentos da
vacinação), também estão obrigados a declarar e atualizar seu rebanho,
evitando desta maneira sanções administrativas previstas em lei.
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