Uma família Jacobinense contou o drama que viveu com seu
filho, Tarcísio Barbosa Santos Rosa, de 22 anos, morador do bairro do Leader. Segundo a mãe do rapaz, dona
Norma, Tarcísio foi infectado com a leishmaniose, e por pouco não perdeu a vida
por causa da demora no diagnostico. No mês de maio, ele deu entrada no Hospital
Antônio Teixeira sobrinho com quadro de febre alta tosse, calafrio e dor nas
articulações. À época, atendido pelo Dr.
Sérgio Ayala, Tarcísio recebeu o diagnóstico de dengue. Depois de ser medicado
ele teve uma melhora mas voltou ao hospital oito dias depois, sendo atendido
desta feita pelo Dr Celso, mas o diagnostico continuou sendo dengue. Mais uma
vez ele foi medicado e voltou para casa após
uma sensível melhora, no entanto, retornou ao hospital oito dias depois, agora
sendo atendido pelo Dr Sérgio Passos. Desta vez . ele recebeu atendimento ambulatorial , realizou exames e foi liberado,
tendo uma melhora significante após tomar a medicação prescrita. A família
disse que sua saúde melhorou sensivelmente e todos acharam que o problema havia
sido superado, mas cerca de 30 dias depois tudo voltou, e com força total. A
esta altura a família decidiu recorrer a
Clínica Santa Bárbara, sendo atendidos na unidade pelo Dr Adelço que, diante da
gravidade do caso, solicitou vários exames para identificar a enfermidade do
rapaz com exatidão. Dentre estes exames , foi realizado também o teste de leishmaniose. A família diz também que Dr Adelço fez um
relatório médico para a secretaria de saúde do município solicitando a
transferência do rapaz para o hospital Couto Maia, o que foi feito dia 3 de
setembro. No entanto ao chegar no Couto Maia a equipe médica descartou de
imediato que Tarcisio estivesse com dengue, e encaminhou o rapaz de volta para
Jacobina, mas a mãe, contrariando o ordem
médica, decidiu , por conta própria, ficar na capital e procurar
atendimento em outra unidade de saúde, e esta atitude pode ter sido fundamental
para que o rapaz não viesse à óbito. Eles ficaram em uma casa de apoio e assim que o dia amanheceu procuraram o
HEMOBA, e de lá foram encaminhado para o
Hospital Roberto Santos, onde Tarcísio ficou internado. A esta altura o quadro
clínico dele já era considerado gravíssimo, e iniciou-se uma corrida contra o
relógio para se ter um diagnóstico preciso do que seria sua doença, o que só
aconteceu no 13º dia de internação. Até aí ele já tinha recebido 6 bolsas de
sangue. “ A nossa sorte foi que no 10º dia de internação , o médico disse que
iria submetê-lo ao tratamento de leishmaniose, mesmo não se tendo ainda
recebido o resultado do exame” disse dona Norma. Segundo ela, o médico tomou
esta decisão devido ao alto número de casos de pessoas diagnosticadas com a
doença que chegavam de Jacobina no Roberto Santos . “ Depois que o tratamento
começou a ser aplicado em meu filho, ele teve uma melhora quase que
instantânea” disse a mãe do rapaz. Depois desta via crucis, Tarcísio conseguiu
se recuperar e veio a ter alta hospitalar no dia 3 de outubro, cinco meses depois dos primeiros sintomas. “ Graças a
Deus que não voltei com ele para Jacobina, pois se tivesse feito isso com
certeza ele não estaria mais conosco. “ disse a mãe do rapaz. Segundo ela, a
experiência do médico ao iniciar o tratamento mesmo sem o resultado dos exames
foi crucial para a recuperação do rapaz. Já se tivesse voltado, o desfecho
desta história poderia ser fatal, afinal de contas, mesmo depois dele receber
alta e está de volta as suas atividades normais, quase seis meses depois do
início dos sintomas, o exame solicitado
pelo laboratório de Jacobina para saber se ele tinha leishmaniose, até hoje não
chegou. Os sintomas da doença são parecidos com o da dengue e porisso o diagnóstico pode se confundir, mas exames detalhados podem revelar a doença com exatidão, e tem que ser realizado com rapidez, pois a demora do resultado pode significar a diferença entre a vida e a morte. O médico que atendeu o rapaz relatou que são frequentes os pacientes que chegam da cidade do Ouro contaminados com a doença, é bom se se atente para esta situação , para que ninguém venha a pagar com a vida, como inclusive aconteceu recentemente com uma criança jacobinense.
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