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Condenados do mensalão têm visita todo dia na Papuda

Acostumada a receber mulheres que passam por uma maratona para visitar maridos e filhos, a Papuda teve uma semana atípica. Os ex-dirigentes do PT condenados pelo mensalão levaram mais de 30 deputados, oito senadores e até o governador do Distrito Federal às dependências carcerárias. Além das visitas, outros aspectos tornaram a semana dos presos no processo incomum, se comparada à da maioria dos outros detentos. No dia em que foram presos, os condenados do mensalão puderam comer pizza. Encomendadas para os policiais federais que faziam a escolta, elas foram oferecidas ao grupo que havia chegado por volta das 19h em Brasília e aguardava para ser levado às celas onde passaria a primeira noite. Há relatos de que o ex-ministro José Dirceu comeu ao menos uma fatia. Após o fim de semana sob custódia da PF, Dirceu, José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foram para o Centro de Internamento e Reeducação (CIR), destinado aos condenados do regime semiaberto. Lá, dividem a mesma cela. Com eles, está Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (atual PR), igualmente condenado no mensalão.No local, há um espaço reservado para policiais e autoridades condenadas, mas os presos no processo estão em uma cela separada de todos os outros detentos --quando réus de casos de repercussão são detidos, o sistema penitenciário os insere aos poucos junto aos demais detentos para evitar problemas como extorsão ou violência. O trio petista tem recebido visitas de advogados, familiares ou políticos todos os dias --não há uma regra clara sobre a permissão para a entrada de parlamentares a qualquer hora em presídios. Segundo a Secretaria de Segurança do DF, há entendimento da Vara de Execuções Penais que libera o acesso a deputados e senadores. Normalmente, os presos comuns só podem receber visita em um dia da semana, às quartas ou quintas. Os familiares e amigos precisam passar por uma revista além de só poderem vestir roupas brancas. Muitos passam mais de 24 horas na fila para ficar mais tempo com o preso. Os parlamentares não precisaram esperar --só tiveram de deixar celulares de lado e puderam ficar com os condenados por quanto tempo quisessem. (Folha)

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