"Valente mesmo é quem não briga". Esse é o tema da
campanha nacional “Conte até 10”, que o Ministério Público vai realizar
nas escolas do país para reduzir a violência entre os jovens. Quatro
temas básicos serão discutidos em sala de aula: valorização da vida,
direitos e deveres dos adolescentes, violência nas escolas e bullying.
Uma
informação contribuiu muito para levar a campanha para as escolas do
ensino médio: de acordo com o Conselho, 40% dos jovens brasileiros,
entre 15 e 24 anos, que morreram este ano, foram assassinados. A
discussão sobre bullying, violência de forma geral, já faz parte das
aulas de uma escola em Brasília. Ela acontece em grupos pequenos, para
que os alunos se sintam mais à vontade e para que eles recebam
orientações mais diretas a partir de situações que já viveram. A
festa de 15 anos de Luísa Moreira Montenegro quase acabou por causa de
uma briga. “Algumas pessoas envolvidas eram meus amigos, que acabaram
discutindo com pessoas que não foram convidadas, mas a gente conseguiu
resolver sem que acabasse tanto assim com a festa”, conta.Os
jovens Bruno Martins e Guilherme já entraram em briga, mas se
arrependeram. “Foi um ato inconsequente. Você para pra refletir e fala:
‘pra que isso? Não teve necessidade disso’”, argumenta Bruno. “É motivo
besta, que dá para evitar. Se o outro está meio de sangue quente, você
para e dá uma refletida, vê se vai valer a pena”, completa Guilherme.
“A
juventude tem a impulsividade, às vezes uma brincadeira boba, dar um
tapinha na cabeça de um colega, pode virar uma confusão. Professores,
pessoal do pátio, todo mundo tem que estar muito atento”, opina o
professor Marcelo de Oliveira Coutinho.
O esforço é para evitar
cenas chocantes como a de duas meninas que brigaram em um colégio
público de São Pedro da Aldeia, no estado do Rio de Janeiro. Uma delas
chegou a arremessar uma carteira contra a outra, que tentou se defender.
"Conte
até 10 é vamos imaginar souções não violentas através de uma forma mais
civilizada de lidarmos com os momentos de agressividade, que
infelizmente atingem todos, em especial nó estamos trabalhando com o
público adolescente e juvenil", explica a promotora de justiça, Marcia
Pereira da Rocha.
Quem já mudou de atitude acredita que a
campanha tem tudo para dar certo. “Se pelo menos um jovem, através dessa
campanha, pensar duas vezes antes de entrar em uma briga, eu garanto
que ela já vai ter cumprido seu papel”, diz o estudante João Felipe
Boboff.
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