O Corpo de Bombeiros aumentou, no início da noite desta sexta-feira (12), a área isolada em torno do Rio do Peixe, na cidade de Coronel João Sá por conta do risco de novos rompimentos de barragens na região.
O Governo Federal reconheceu a situação de emergência e calamidade pública das cidades baianas de Coronel João Sá e Pedro Alexandre, nesta sexta, após o rompimento da barragem do Quati, que inundou os dois municípios, na quinta-feira (11).
Pela manhã, a área isolada em torno da ponte por onde passa o Rio do Peixe em Coronel João Sá era de cerca de 20 metros. No início da noite, no entanto, a área isolada passou para mais de 500 metros.
A informação sobre o risco de novos rompimentos foi passada pelo major Ramon Diego, com base em análise de técnicos da Defesa Civil, e também pelo governador da Bahia, Rui Costa, que esteve no município avaliando os danos provocados pela inundação.
Por volta das 17h desta sexta, o Corpo de Bombeiros orientou que os moradores evacuassem o local. De acordo com o governador, a medida foi tomada para evitar maiores danos à população.
“Vários pequenos barramentos, todos estão cheios, e todos estão vazando. E como está cheio e são todos de barro, pode ter um que entre em colapso, na medida que um rompa, ela vai levar o seguinte, aí vira de novo uma onda. Então, é melhor prevenir do que remediar, e por isso nós estamos pedindo às famílias que voltem para casa dos parentes, que voltem para os colégios, enfim, tirando da área de alagamento. Porque, se durante à noite houver rompimento de algum [barramento], as famílias não seriam afetadas”.
Rui Costa informou ainda que as cidades de Coronel João Sá e Pedro Alexandre ficam em uma região de semiárido e por isso têm muitas barragens de água. Ele explicou que, além da evacuação, outra medida tomada foi desobstruir as passagens para facilitar o deslocamento dos moradores.
"Eu estava conversando com o prefeito e ele me disse que, no últimos 70 anos, nunca viu uma sequência de chuva tão grande. E o que está acontecendo é o colapso de muitos pequenos barramentos, feitos em propriedades privadas, que vão rompendo e criam o efeito cascata, uma onda de água, como aconteceu em Pedro Alexandre. Agora é monitorar os outros pequenos barramentos para que a eventual elevação da água não comprometa a vida de ninguém, tomando, inclusive, medidas para a prevenção da saúde das pessoas", disse o governador.
G1
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