Premium Mandatum’: 20 são alvos de mandados de prisão e busca em R do Bonfim, Juazeiro e Santa Catarina

Na terceira fase, operação desarticula comando de organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro em Senhor do Bonfim e região



Vinte pessoas foram alvos da terceira fase da ‘Operação Premium Mandatum’, deflagrada na manhã desta quinta-feira, dia 25, pelo Ministério Público da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais do Norte (Gaeco Norte) e 3ª Promotoria de Justiça de Senhor do Bonfim. Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão na Bahia, nas cidades de Senhor do Bonfim e Juazeiro, e em Santa Catarina. 

Entre os alvos estão líderes, gerentes e facilitadores da organização criminosa, inclusive lideranças que hoje já cumprem pena no sistema prisional. Eles são investigados por comandarem complexa organização criminosa com atuação em Senhor do Bonfim e outras cidades da região norte da Bahia, responsável por crimes de tráfico de drogas, homicídio e lavagem de dinheiro. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 71 mil em espécie e aparelhos eletrônicos. 


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A terceira fase da operação aprofunda as investigações que, nas duas primeiras etapas, resultaram na denúncia de 48 pessoas ligadas ao setor financeiro do esquema e em bloqueio judicial de R$ 44 milhões do grupo criminoso.


A operação, autorizada pela Vara Criminal de Senhor do Bonfim, contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep), do MPBA; da19ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Senhor do Bonfim) da Polícia Civil; do Comando de Policiamento da Região Norte (CPRN), das Rondas Especiais (RONDESP) e da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Caatinga da Polícia Militar por meio; da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), por meio do Conjunto Penal de Juazeiro (CPJ), e do Gaeco e da Polícia Penal de Santa Catarina.


*Estrutura hierárquica*


As investigações revelaram uma estrutura hierárquica bem definida, com um comando estratégico que ditava ordens de dentro do sistema prisional. Um dos líderes do grupo, mesmo encarcerado, comandava operações violentas, incluindo a ordem para execução de homicídios, e gerenciava a logística do tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas.


O esquema contava com a participação consciente de familiares, que, como facilitadores, cediam suas contas bancárias para pulverizar os valores e dificultar o rastreamento pelas autoridades. Para o MPBA, a deflagração da terceira fase é crucial para desmantelar a cadeia de comando e interromper o fluxo de capital que financiava as atividades criminosas do grupo, que incluem, além do tráfico, homicídios e o comércio de armas. Com o material apreendido, novas provas serão produzidas para desarticular completamente a rede de lavagem de dinheiro e responsabilizar todos os envolvidos na estrutura criminosa.

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