O alvo dela seria Daniela, que no dia do desaparecimento comemorava aniversário com a família, quando a irmã, Gilcleide, recebeu um telefonema anônimo, pedindo à aniversariante que fosse ao subúrbio, onde “uma surpresa” a aguardaria.

“Gilcleide não queria deixar a irmã ir sozinha e, por segurança, resolveu acompanhá-la. Até hoje (quarta-feira), não voltaram”, lamenta a mãe, Maria do Socorro, 64, que ainda tem esperanças de vê-las vivas.

Segundo Maria, antes do desaparecimento, Marilene ameaçou Daniela várias vezes por causa do relacionamento da filha com o detento José Jackson Costa dos Santos, 32, o Capoeira.

“Ela (Marilene) dizia que não ia perder. Quando soube que Daniela estava grávida, enlouqueceu”, disse a mãe, que, à época do sumiço, desconhecia a identidade do pai do bebê: “Minha filha não tinha segredos, mas mudou muito ao conhecê-lo”.

O delegado-adjunto da 11ª DT, Eduardo Rafael, diz que as ameaças feitas pesam contra Marilene: “Jackson confirmou que ela foi à prisão dizer que arrancaria o bebê da barriga de Daniela a facão”.

O titular da 11ª DT, Adailton Adan, classifica a traficante como “uma pessoa que aparenta ser normal, mas que se comporta com extrema frieza”. A polícia desconsidera o envolvimento de Jackson. “Porque ele já estava preso na ocasião, delatado por Marilene”, relatou Eduardo Rafael.

Segundo ele, quando Jackson conheceu Daniela estava foragido, após saída temporária no fim de ano, sem voltar ao presídio, onde cumpre pena por roubo. Marilene está presa desde abril, quando foi flagrada com cerca de 1 kg de pasta-base de cocaína escondido no quintal de casa.


A TARDE




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