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As homenagens começaram cedo com uma alvorada e às 9h30 será realizada uma celebração na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Centro Histórico de Salvador. Depois da cerimônia, os festejos seguem pelo Terreiro de Jesus, também no Centro Histórico. A comemoração será incrementada pelo samba de roda no monumento da Cruz Caída, onde será servido um almoço às 12h. No local, está instalada o Memorial das Baianas.

A atividade das baianas de acarajé já é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil. O historiador Manoel Passos explica que o tombamento traz, sobretudo, "mais respeito". O especialista explica que bolinho de Oiá, ou de Iansã, como é chamado no Candomblé, começou a ser vendido em maior escala pelas mulheres alforriadas após a abolição da escravatura e a partir daí, ganhou a cidade. Para o pesquisador, a conquista das baianas serve para "barrar o preconceito que ainda insiste em se manter na sociedade".

Nos tabuleiros das vendedoras mais famosas em Salvador, um acarajé custa em média R$ 5, mas o bolinho pode ganhar um preço mais baixo em bairros populares da cidade.

Rita dos Santos, coordenadora da Associação de Baianas de Acarajé, comemora o dia, mas ressalta que a luta das baianas está na tentativa de regulamentação da profissão. "Estamos comemorando este passo para que o Ministério do Trabalho reconheça a nossa profissão", diz. A baiana ainda relata as dificuldades diárias em comercializar a iguaria na capital. "Hoje está muito difícil sustentar a família com a venda do acarajé, principalmente por conta do comércio em delicatessens e outros estabelecimentos fechados", salienta.


G1

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