Uma enfermeira que chegou ao local logo em seguida declarou que ao constatar o óbito de Jailson e que Eustáquio estava vivo, ligou para o SAMU que informou não ser de sua competência oferecer o serviço naquele local. Em seguida ela ligou para o corpo de Bombeiros e para a PM e não obteve resultados.
A enfermeira contou o desespero do Bonfinense e também o dela com a situação e agradeceu a força dos caminhoneiros para garantir a sobrevivência da vítima. Lamentou muito que a estrutura do estado se omitiu em executar seu papel de oferecer ao cidadão um serviço de socorro e garantia da vida humana.
O dentista, após ser retirado do seu veiculo, ainda sofreu outro descaso do estado que recolhe fortunas dos profissionais liberais. A ambulância do município de Gavião, que realizava a transferência da vítima, teve um dos seus pneus cortados ao passar por um dos vários buracos existentes na rodovia e foi obrigado a parar para efetuar a troca, parando em frente à PRF de Feira de Santana. Por estarem em perímetro urbano, a equipe médica solicitou mais uma vez o apoio do SAMU para agilizar a chegada de Eustáquio a uma unidade hospitalar e mais uma vez o Serviço de Emergência se negou a atender, informando que a situação já disponibilizava do serviço e cabia ao motorista da ambulância resolver o problema.
A situação chegou ao conhecimento do Hospital de Valente, que acionou uma das suas ambulâncias, que estava em Feira, para prestar socorro. A ajuda de Valente já estava a caminho quando recebeu o aviso que o motorista com ajuda de policiais teria efetuado a troca do pneu e seguiu para o Hospital da Unimed em Feira de Santana.
Outra situação lamentável sobre os serviços do estado foi o descaso por parte da Polícia Tecnica – DPT, que foi acionada pela PRF por volta das 9h e até às 12h não havia chegado ao local. Enquanto isso o corpo da vítima que faleceu continuava dentro do veiculo. Isso atrapalhou os trabalhos da Polícia na remoção dos veículos do local e elevou os sentimentos dos familiares que estavam sob chuva observando o corpo e o tamanho da tragédia.
Valente lamenta e sente a perda de Jailson que com seu jeito descontraído de trabalhar no comercio ambulante de venda de celular e recargas conseguiu nesse tempo em Valente cativar o carinho e respeito de muitos.
Fonte: Sisal News
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