Segundo Eliana, é preciso explicar a situação, para que a socidade acredite mais no Judiciário, que já tem a credibilidade desgastada. Nem mesmo o argumento utilizado por alguns, de que o benefício seria uma compensação à falta de reajuste salarial, convence a ex-ministra. Segundo ela, se fosse assim, deveria incidir imposto de renda e estender o benefício a aposentados. “Há gente com imóvel próprio na cidade onde vive recebendo auxílio, caso de marido e mulher ganhando, e por aí vai… Não quero ser palmatória do mundo, mas no íntimo não acho uma coisa certa”, opinou. Segundo ela, o ideal seria seguir a lei orgânica e superar o mal-estar que se surge quando juízes são afastados de seus foros e levam outros para assessorá-los. “Esses têm direito. Muitos juízes diziam ‘meu assessor tem e eu não tenho?’. Tudo isso colaborou para essa pressão pela generalização de um benefício que não é para todos”, observou.
O Globo
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