Testemunha sequestrada em Paulo Afonso foi vítima de extorsão por milícia, diz MP

 


Alex Cirino Barbosa, testemunha de crimes praticados por policiais militares, foi sequestrado no último dia 7, por volta das 19h45, em Paulo Afonso. Desde então, ele está desaparecido. De acordo com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), ele é uma das principais testemunhas da Operação Alcateia, de outubro do ano passado, quando vários PMs foram presos acusados de fazerem parte de uma milícia. Há indícios que o grupo se envolveu em diversos crimes, como homicídio, tráfico de drogas, tortura e extorsão. Alex é ex-integrante do grupo e revelou à polícia a forma de agir dos envolvidos, indicando pessoas, repartição de tarefas e modos de ação. Além disso, afirmou que foi vítima de extorsão praticada pelo grupo. 

Nesta quinta-feira (28), um suspeito de participar do sequestro da testemunha foi preso, durante a Operação Cáfila, que aconteceu em Paulo Afonso, Conde e também em Boca da Mata, município de Alagoas. O objetivo da ação, que combate crimes praticados por policiais, era cumprir três mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão. Dois suspeitos ainda estão foragidos, incluindo um oficial da Polícia Militar. 


A operação foi realizada em conjunto pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e pela Força Tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Os mandados foram deferidos pela Vara 1ª Vara Crime da Comarca de Paulo Afonso e as buscas e apreensões foram conduzidas em endereços residenciais dos investigados e em batalhões da Polícia Militar de Paulo Afonso e Conde.

O sequestro de Alex foi filmado por câmeras de segurança instaladas na rua em que o crime aconteceu, que mostram o momento exato em que ele foi abordado e levado para dentro de um carro. No vídeo, Alex aparece na garupa de uma moto, dirigida por outra pessoa. Uma caminhonete se aproxima e um homem desce, derrubando Alex no chão. Em seguida, mais dois homens saem do carro e a vítima é carregada para dentro do veículo. Um dos homens que saiu da caminhonete assume o lugar do piloto da motocicleta, que entra no carro. A caminhonete segue viagem e, logo depois, a moto a acompanha. 

CORREIO

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