Médico anestesista faltou ao plantão e todas as parturientes | | | foram encaminhadas para Miguel Calmon |
|
|
07/03/14- Quem recebeu a visita da cegonha ontem precisou do Hospital Antônio Teixeira em Jacobina passou por maus bocados. Foi o que aconteceu com Patrícia de Oliveira, moradora da comunidade de Santa Cruz do Coqueiro, município de Mirangaba. Grávida de 9 meses, ela relatou a nossa redação que fazia o pré-natal com uma enfermeira da cidade de Mirangaba e foi orientada por ela a fazer uma ultrason em Jacobina pois ela já teria passado 11 dias da data de dar à luz e, como o parto normal não havia ocorrido, ela teria que se submeter a uma cesariana. Seguindo a orientação da enfermeira, na quinta, 06, durante a manhã, ela fez a ultrason e uma consulta particular no Hospital Regional onde foi informada que estava com quadro de perda de líquido amniótico e que seu bebê apresentava batimentos cardíacos muito fracos. O médico então a orientou a procurar o Hospital Antônio Teixeira Sobrinho para que fosse encaminhada para realização de cesariana. A gestante assim o fez e chegou ao Antônio Teixeira às 13h30. Na unidade de saúde Patrícia disse que fizeram sua ficha e a informaram que seu atendimento seria realizado por Dr Heraldo. Depois de horas de espera, por volta das 16h00, Patrícia foi informada pelo enfermeiro que o médico não poderia atendê-la. Patricia disse que ficou sem entender perguntou porquê, e a resposta que teve foi que o Hospital de Mirangaba não tinha enviado o encaminhamento médico. Mesmo insistindo em ser atendida Patrícia não obteve êxito e, devido ao horário, teve que ir para casa de uma amiga na cidade. Ao chegar na casa da amiga, esta ficou indignada com a situação e ligou para o vereador Tiago Dias, que de pronto se dispôs a interceder no caso, orientando patrícia a voltar para o hospital. No Teixeira Tiago Dias cobrou explicações da equipe médica do porquê a gestante não tinha sido sequer examinada pelo médico de plantão, e foi neste momento que a verdade veio à tona. A realidade é que, não só Patrícia, mas todas as gestantes que procuraram o Hospital Antônio Teixeira não puderam fazer seus partos na unidade de saúde porque simplesmente o médico anestesista faltou ao plantão. Coincidentemente quando acompanhávamos a situação, uma ambulância de Ourolândia chegou ao hospital para levar uma parturiente para o Hospital Português em Miguel Calmon pois , a exemplo do caso de Patrícia, depois de esperar horas para realização do parto, este não pôde ser realizado em Jacobina pela ausência do profissional. Neste interim ficamos sabendo que durante o decorrer do dia, 6/3, outras quatro parturientes foram encaminhadas para dar a luz na vizinha cidade de Miguel Calmon. O vereador chegou a ligar para o vice-prefeito José Maria Fagundes que de imediato se dispôs a interceder na situação mas, minutos depois, retornou a ligação dizendo que nada poderia ser feito a não ser esperar, pois não havia outro anestesista na cidade para realizar o procedimento médico. Resignada, Patricia teve que retornar para a casa da amiga por volta das 23 horas depois que o médico, Dr Heraldo , garantir ao edil que a espera não prejudicaria a criança, que espera para vir a este mundo tão belo , mas que também sabe ser tão cruel e desumano.
|
Parturiente de Ourolândia sendo encaminhada para Miguel Calmon depois de horas de espera. |
Emerson Rocha / Bahia Acontece
Nenhum comentário:
Postar um comentário