REPRESENTANTE DA APLB DE JACOBINA FOI HUMILHADO
EM ENTREVISTA A UMA RÁDIO
Por Paulo Mascarenhas
Professores
das redes municipal e estadual de ensino devem aderir à paralisação
nacional, que ocorre na próxima segunda, 17, terça, 18, e quarta-feira,
19, conforme informaram os representantes da categoria ( Jornal A tarde)
a paralisação ocorre uma semana depois do início do ano letivo, em
Jacobina a trajetória é a mesma situação, professores numa possível
greve já nesse ano e os alunos em alerta, para sofrer com mais uma greve
e comprometer o ano ( 2014 ) letivo, o sindicato dos professores de
Jacobina através de seu representante esteve hoje ( 14/03/2014) em uma
emissora de radio, aguardava uma entrevista interessante, inteligente,
questionadora e que realmente informasse o porque dessa paralisação em
pleno inicio do no letivo, já que os alunos foram os grandes prejudicado
no ano passado ( 2013), imaginem que o alunos concluintes do ensino
médio , 3º ano , terminaram o ano letivo em janeiro desse ano ( 2014 ),
um absurdo, realmente, mas por outro lado, temos também que entender que
a educação não parece ser prioridade para o governo, as escolas e
alguns colégios públicos estão caindo aos pedaços, os professores com
salários baixo, sem reajuste há um bom tempo e enfrentando uma situação
de desestimulo profissional.
Como
falei anteriormente, o representante dos professores em Jacobina esteve
Numa emissora de rádio, esperava ser respeitado, ter seu direito de
expor as dificuldades da categoria, explicar o porque da paralisação,
ser questionado de forma educada, mas não foi isso que aconteceu ( Para
minha surpresa!!) pois sempre ouvi boas entrevistas nas emissoras de
Jacobina, sempre houve bons questionamentos dos profissionais de radio
da região, eu inclusive, na qualidade de radialista, aprendi os
conceitos éticos do bom profissional, Infelizmente os professores
brasileiros nunca foram devidamente valorizados, mas não é por isso que
devemos jogar pedras, devemos ouvi-los, entender e compreender, na
famosa frase "Posso não concordar com nada do que você diz, mas
defenderei o seu direito de dizê-lo até a morte". (Voltaire). Esse
direito não aconteceu nesse programa de radio, ouvi em claro bom tom, o
colega radialista, afirmar que não tinha interesse nas palavras do
representante dos professores de Jacobina, não deixou o professor falar,
se defender dos ataques recebidos pelo radialista que a todo o momento,
balbuciava ser o dono da verdade, o paladino do povo.
Nobre
colega radialista, posso imaginar que seu tom de voz representava a sua
indignação, com relação ao estudo de sua filha, ah minha filha esta
sendo prejudicada, não há aulas no Deocleciano, etc. e coisa e tal, se a
coisa esta tão ruim assim, se os professores são incompetentes, querem
viver de greve coisa e tal, coloca sua filha numa instituição
particular, e não vai ter mais problemas, pronto, questão resolvida, mas
não é por ai nobre profissional, primeiro o senhor tem que aprender a
ter ética, Segundo o Aurélio, a ética é a ciência da moral. Assim sendo,
ela deve estudar os bons costumes, o cabível, o que não agride nem
denigre algo ou alguém. Uma conduta ética é aquela que respeita tudo
isso; e um código de ética é uma série de preceitos que pregam o
respeito aos valores de uma sociedade.
Nosso
momento é outro, não representa mais a ditadura militar, mas mesmo
assim, parece que estamos lidando com ditadores da comunicação, que não
deixam as pessoas, representantes sindicais exporem suas opiniões, a
velha lei Assis Chateaubriand, grande comunicador da primeira metade do
século XX, ilustrava isso com uma simples frase: ” Se quer ter opinião,
compre um jornal “. Alguns profissionais de radio ( Toda regra tem sua
exceção ) são intolerantes, não deixam expressar uma opinião diferente, a
jornalista Carla Pollake deu afirmações contundentes e polêmicas sobre a
ética na mídia. Carla diz que a ética do profissional fica em segundo
plano quando é comparada com os interesses da emissora, sua empregadora.
Voltando
ao representante da APLB de Jacobina, este mestre em educação foi
humilhado, desconvidado ( Sic) palavras do grande profissional de
comunicação, que deu uma aula de antiética, porque não falar
deselegância profissional, O rádio deve ter uma linha de ação norteadora
a todos os que têm compromisso com o microfone. Não só o repórter, o
redator, mas principalmente o locutor, deve mensurar o que vai expor aos
seus ouvintes. O radialista, seja qual for o seu campo de atuação, tem o
dever de cultivar a precisão, a clareza, a objetividade, a seriedade.
Alguns radialistas são chamados à atenção com relação a isso e sabem o
que dizem ? Afirmam que o povão gosta.
Pois
então, Mais do que uma bela voz, o locutor tem que exercer a cidadania
com ética e educação, esquecer os palavrões e as histórias de mau gosto e
a banalização de determinados problemas, a atividade de radialista de
acordo as normas de conduta do radialista deve reservar tratamento
isonômico e justo para autoridades, partidos políticos e instituições
religiosas convidadas a participar da programação de radio, sem
distinção de qualquer natureza, seja raça, cor, gênero ou religião,
finalizo este texto, afirmando que fui pego de surpresa por essa
entrevista que deixou constrangido o representante dos professores de
Jacobina, como disse antes, há seus erros nesse movimento, sim há, mas
temos que entender todo o contexto dessa historia, o verdadeiro culpado
da educação estar na UTI não são os professores, que são transformados
em psicólogos, médicos e babás, tomam conta dos filhos dos outros, pais
que nunca aparecem na escola para resolverem os problemas dos filhos,
sabem que os meninos estão na escola, não importa fazendo o que,
professor sofre com o baixo salario, a falta de valorização e ainda não
tem o direito de fazer greve, de expor seus problemas, é calado por um
radialista que se diz paladino da verdade, herói do povo, tudo bem,
vamos para frente, quero ver em que isso vai dar, pois amigos, eu já vi
essa historia em Jacobina, você também já viu e sabe no que vai dar.
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