A produção industrial atingiu a pior variação para janeiro em quatro anos, marcando o início do governo Lula. Comparando com o mês anterior (dezembro) houve uma queda de 0,3%.
Junto com 2007, a variação de 2023 é a terceira pior para janeiro na série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002. O órgão divulgou resultado nesta quinta-feira, 30.
“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora de comportamento no fim do ano, uma vez que marcou saldo positivo nos últimos meses de 2022, inicia o ano de 2023 com perda na produção, e permanece longe de recuperar as perdas do passado recente”, explica André Macedo, gerente da pesquisa. O resultado de hoje mostra que o segmento está em um patamar 2,3% menor que o nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
De acordo com Macedo, em janeiro de 2021 houve a superação do nível pré-pandemia em 4%. Contudo, questões tanto na demanda doméstica quanto na oferta afetaram o ritmo do setor. O especialista citou fatores como “inflação alta de alimentos, elevada taxa de juros impactando na concessão de crédito e endividamento, trabalhadores na informalidade ou fora do mercado de trabalho”. Além disso, ele comentou que o setor teve dificuldades para a “obtenção de matérias-primas, componentes eletrônicos e insumos para a produção dos bens finais”.
Segundo o IBGE, para as três atividades causaram o maiores impactos negativos na variação da produção industrial de janeiro para dezembro. São elas: “Farmoquímicos e farmacêuticos (-13%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6%), produtos alimentícios (-2,1%)”.
Revista Oeste
Foto Agência Brasil
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