DE PORTAS FECHADAS, CONSELHO TUTELAR DE JACOBINA AGUARDA REUNIÃO COM PREFEITO PARA VOLTAR A FUNCIONAR NORMALMENTE




Quem foi a sede do Conselho Tutelar em Jacobina nos últimos dois dias se deparou com portas fechadas. O local está assim desde o dia 19, quando o local foi invadido por um homem descontrolado que fez várias ameaças a equipe de plantão e chegou a jogar um tijolo contra os conselheiros, que não foram feridos por sorte. Segundo Ednaldo Silva, coordenador do órgão, a decisão de fechar as portas foi tomada de forma colegiada após a agressão. A equipe decidiu requisitar do gestor  a presença de um Guarda Municipal na sede do órgão em tempo integral.

Tijolo jogado contra os conselheiros


Segundo Ednaldo, não é a primeira vez que os conselheiros foram vítimas de agressões e ameaças.

          " Pode não parecer, mas desempenhamos uma função perigosa, certa vez até faca já puxaram para uma de nossas colegas em uma diligência na zona rural do município. Em outra situação em um dos bairros da cidade fomos ameaçados de morte por um traficante. Volta e meia isso acontece, e o diferencial do caso desta semana foi que, devido a matéria feita por vocês, houve muita repercussão, e expôs a sociedade a situação de risco que volta e meia somos submetidos, e por isso tomamos essa atitude. A partir do que ocorreu, nós protocolamos via ofício junto ao poder público municipal, ao Ministério Público e  o Judiciário, um requerimento para solicitar uma audiência com o gestor municipal com objetivo de discutir esta questão. Imagine se tivesse uma criança aqui no momento e ela fosse ferida, quem responderia por isso? As portas de nossa sede estão fechadas, e isso só vai mudar quando for garantida a integridade física não só de nós, os conselheiros do Município, mas também das pessoas que aqui frequentam. Imagine se tivesse uma criança aqui perto da janela no momento da invasão e ela fosse  atingida pela tijolada. E ai? que ia responder por isso?" disse Ednaldo a redação do BA.


O coordenador falou também que a repercussão do que aconteceu após a matéria do BA foi ampla, a ponto dos conselheiros receberem a ligação de representantes do  Conselho Nacional dos Conselheiros Tutelares e da Associação dos Conselheiros Tutelares da Bahia, "ACTEBA", manifestando solidariedade à equipe de Jacobina, e isto serviu também para instigar junto a estes órgãos a necessidade se promover o mais rápido possível uma discussão ampla a nível de estado sobre este tema, visando garantir que os conselheiros tutelares em atividade no estado tenham salvaguardados durante o cumprimento do exercício de suas atividades em solo baiano.

Ednaldo também informou a nossa redação que, apesar do órgão estar de portas fechadas, a equipe de conselheiros está, mesmo de forma contingenciada, exercendo suas funções, e o cidadão pode solicitar a intervenção do conselho pelos números 0800 284 4570, 3621 4570 ou via  PLANTÃO DOMICILIAR  pelo 74 998155415

Bahia Acontece

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