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Os rebeldes afirmam enfrentar constante artilharia neste sábado, apesar do cessar-fogo anunciado por Gaddafi. Os bombardeios dos aviões franceses são a primeira ação militar internacional contra o ditador da Líbia.

Segundo o Ministério da Defesa francês, a missão pretende garantir a exclusão do espaço aéreo e evitar ataques de militantes pró-Gaddafi contra a população civil.

Ainda de acordo com o ministério, a intenção também é garantir a exclusão do espaço aéreo. Em entrevista coletiva, o coronel do Estado-Maior do Exército, Thierry Burkhard, caças franceses atiraram contra um veículo militar líbio.

Os países reunidos na Cúpula de Paris entraram em acordo para a aplicação da resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a Líbia, afirma Burkhard.

Na quinta-feira (17), o Conselho de Segurança aprovou ações contra o regime do ditador líbio.


Após a resolução da ONU, Gadaffi anunciou um cessar-fogo. No entanto, cidades que estavam nas mãos de opositores foram atacadas durante o dia.

Gaddafi diz que criará um "inferno" se Líbia for atacada

Em uma entrevista à Rádio Televisão Portuguesa (RTP), na qual advertiu que um conflito como esse acabaria com a segurança no Mediterrâneo, Muammar Gaddafi assegurou que criará um "inferno" sobre quem atacar.

- Se o mundo atua como um louco, nós faremos o mesmo. Vamos responder. Também faremos de sua vida um inferno. Nunca terão paz. A região do Mediterrâneo ficaria danificada, destruída, não haveria nenhuma circulação segura nem marítima nem aérea.

Na entrevista, Gaddafi se mostrou convencido de que o povo de Benghazi, onde se concentram os rebeldes contra seu regime, é fiel a ele e quer ser libertado dos "agentes de [Osama] Bin Laden".

- O povo de Benghazi está conosco, está comigo, nos pedem que vamos libertá-los. Estamos combatendo o terrorismo, que é um inimigo para a Líbia e para o mundo.

Perguntado sobre possíveis negociações para acabar com o conflito que vive seu país, Gaddafi se perguntou primeiro com ceticismo: "Com quem?", embora mais adiante tenha expressado sua disposição, "se for necessário", de conversar com os "terroristas".

O dirigente líbio também rejeitou a intervenção do Conselho de Segurança da ONU e afirmou que não reconhece suas resoluções porque não há uma guerra entre dois países que a justifique.

*R7

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