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Descoberta pode confirmar existência da Torre de Babel



Linguistas britânicos podem estar perto de provar que nossos antepassados, que viveram milhares de anos atrás, utilizavam certas palavras que podem ser reconhecíveis em línguas modernas, e mantiveram o mesmo significado. Mark Pagel é um professor de Biologia Evolutiva, especialista em linguagem. Ele não é cristão, mas sua teoria sobre o desenvolvimento da linguagem utiliza a imagem bíblica da Torre de Babel como base. Embora ele a chame de “tradição”. Usando um software avançado, a equipe de Mark Pagel afirma que conseguiram determinar que algumas palavras mudaram muito pouco ao longo do tempo. Isso comprovaria a existência de uma grande família linguística, que unifica os sete grupos da Eurásia, até agora considerados os mais antigos. Se for comprovada, a conclusão inequívoca é que existiu uma língua que deu origem às outras em determinado momento da história. É isso que o remete à história bíblica da “torre de Babel”. Até o momento, os linguistas baseavam suas investigações apenas na existência de sons similares entre palavras, para determinar quais teriam uma origem ancestral comum. Em estudos anteriores, Mark Pagel demonstrou a evolução das 7.000 línguas atualmente faladas no planeta, analisando a utilização da linguagem e por que algumas palavras desapareceram.

“A maneira como utilizamos certas palavras na linguagem cotidiana é, de alguma forma, comum a todas as línguas da humanidade. Descobrimos que os substantivos, pronomes e advérbios são substituídos com menos frequência, ou seja, uma vez a cada 10.000 anos ou mais”, argumenta Pagel. Citou como exemplo as palavras “eu”, “nós”, “vós”, “mãe” e “casca”. Elas fazem parte de uma lista de 150 palavras que foram preservadas durante séculos e estão presentes em diferentes famílias de línguas que pareciam não ter nenhuma relação entre si. Agora, surgiria essa ligação de 700 idiomas contemporâneos, que compartilhariam a mesma origem. Elas “descendem de uma linguagem única, utilizada pelo homem há cerca de 15.000 anos”, explica Pagel, que publicou seu estudo científico recentemente e foi reconhecido pela Academia Britânica de Ciências. Essas 700 línguas são faladas por mais de metade dos habitantes do planeta. “É a primeira vez que os linguistas conseguem encontrar, em meio a idiomas tão diversos, uma origem comum, que se convencionou chamar ‘protoeuroasiático’. Pagel, professor de biologia na Universidade de Reading, Reino Unido, que liderou o estudo ressalta que ainda são necessários outros estudos para identificar como seria essa “língua original” que a Bíblia menciona, mas sobre a qual não há qualquer registro por escrito, sendo impossível determinar como seria. Com informações de Live Science e Patheos.

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