Há oito meses, a presidente Dilma Rousseff afirmava que os apagões eram decorrentes de falhas humanas. “O dia em que falarem para vocês que caiu raio (e por isso o sistema elétrico caiu), gargalhem. Raio cai todo dia nesse país, a toda hora. O raio não pode desligar o sistema”, disse a presidente em dezembro. Mas para as autoridades do setor, a causa do apagão desta quarta-feira foi, novamente, climática. Desta vez, uma queimada causada pela seca que assola o Nordeste.
No total, segundo dados coletados pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), o país viveu 150 blecautes acima de 100 MW desde janeiro de 2011, início do governo Dilma. Em 2013, foram 27 episódios. Embora o número seja semelhante ao vivido há dez anos, especialistas alertam para a repetição de grandes apagões.
Dos nove apagões de grandes proporções (acima de 800 MW, chegando até a 12.900 MW) registrados no país desde 2011, oito deles ocorreram no último ano. Quatro destes apagões tiveram forte impacto no Nordeste, região mais crítica para o fornecimento de energia, por causa da seca e da falta de grandes rios — o potencial energético do São Francisco está totalmente explorado. Mas dois destes grandes blecautes atingiram a população do Estado do Rio.
CORREIO
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