Após decisão judicial, dos Servidores Penitenciários da Bahia Suspendem greve


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Após onze dias, os Servidores Penitenciários do Estado suspende greve. A justiça foi acionada e considerou a greve ilegal. O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (SINSPEB) foi notificado pelo judiciário sobre a ilegalidade da greve  por volta das 9h deste sábado, . Respeitando de forma legal, como são todos os movimentos da categoria, a notificação foi assinada e a greve obrigatoriamente suspensa.

Em onze dias de mobilização, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) não resolveu o caos que se encontra o sistema penitenciário baiano, e ainda propagou a informação de que o movimento grevista da categoria era ilegal. Na quarta-feira dia (03) a (SEAP) marcou uma reunião através do Superintendente de Ressocialização, Luiz Antônio Fonseca para às 15h na sede da secretaria, horas depois o superintendente desmarcou, utilizando o argumento de que os servidores estariam descumprindo determinação judicial. A notificação da justiça que a (SEAP) afirmava que a categoria estaria descumprido foi entregue hoje.
A falta de diálogo e negociação com o governo foi o principal obstáculo para chegar ao fim da greve. A gestão atual do governo desrespeita os trabalhadores, que não podem continuar exercendo suas atividades na precariedade, sem que haja um compromisso do efetivo de solucionar as questões demandadas pela categoria.
Mais uma vez a (SEAP) desrespeita os servidores e servidoras, e nada propõe para se chegar a um acordo. A postura intransigente do governo é uma clara demonstração de desrespeito e desvalorização da categoria.
Uma categoria que sofre todos os dias com o preconceito, com a falta de reconhecimento no sentido profissional e social de sua existência. O trabalho é
exercido de forma precária e sensação de perigo constante, a arma utilizada é um apito.
O sistema penitenciário é um universo complexo, onde expõe de forma nua e crua o lado mais perverso e miserável dos seres humanos. É uma bomba que pode explodir a qualquer momento. Por isso, a sensação dos trabalhadores do sistema penitenciário é de total insegurança.
Para ser um Agente Penitenciário é preciso ser guerreiro, porque entra em um local totalmente vulnerável, perigoso e super lotado, sem uma arma, apenas com a cara e a coragem.
O governo precisa mudar a sua postura e entender que essa profissão é árdua e o que a categoria reivindica é de direito, e que todos e todas merecem respeito do governo e aguardam que o mesmo se posicione para uma conversa.

ANA CAROLINS, ASCOM SINSPEB

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