Dylan Farrow, filha adotiva de Woody
Allen, relatou neste sábado (1) em carta aberta os supostos abusos
sexuais aos quais foi submetida pelo cineasta quando tinha 7 anos, fatos
que voltaram a ilustrar os noticiários por ocasião do recente tributo
ao ator e diretor na festa dos Globos de Ouro. A carta de Farrow, publicada na edição digital do jornal The New York Times, detalha o suposto assédio ao qual o diretor deManhattan a submeteu no começo dos anos 90. Especialmente, se detém em um episódio ocorrido quando tinha apenas 7 anos. Segundo
assegura na carta, Allen a levou então a um sótão de sua casa e abusou
sexualmente dela, o que levou à então menina a denunciar a situação a
sua mãe, Mia Farrow, que rompeu sua relação com o cineasta. O caso foi divulgado em 1993, mas o cineasta sempre negou as acusações e elas foram retiradas, por isso que nunca foi julgado. Após
guardar silêncio durante anos, Dylan Farrow narra agora em primeira
pessoa os fatos, depois que seu irmão, Ronan, criticou o tributo rendido
ao cineasta nos Globos de Ouro pelos supostos abusos do diretor sobre
sua filha.
Segundo assinala na carta Farrow,
que agora tem 28 anos, o assédio de Allen a seguiu enquanto crescia e a
levou a sofrer desordens alimentares e problemas para se relacionar com
homens. "Cada vez que via o rosto de meu
abusador - em um cartaz, em uma camiseta, na televisão -, só podia
esconder meu pânico até encontrar um lugar para ficar sozinha e me
esconder", assegura. Além disso, a
jovem critica a atitude da maior parte das estrelas de Hollywood por
passar por cima dos supostos abusos de Allen. "O
que faria se tivesse sido sua filha, Cate Blanchett? Louis CK? Alec
Baldwin? E se tivesse sido você, Emma Stone? Ou você, Scarlett
Johansson?", pergunta Farrow a alguns artistas que trabalharam com
Allen. Segundo a jovem, "Woody
Allen é um testemunho vivo do modo no qual nossa sociedade julga os
sobreviventes de ataques sexuais e abusos". (EFE - Agencia EFE)
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