Comércio de animais volta a movimentar Campo do Gado de Quixabeira


Quixabeira sempre foi referência na região com a comercialização de animais vivos, mas devido às secas dos últimos anos, a quantidade de animais vinha sendo um terço menor do que normalmente era comercializado nos bons tempos.
As chuvas fizeram com que muitos agricultores tivessem novamente alimento em suas fazendas e como muitos se desfizeram dos seus rebanhos, agora querem repor esses animais para aproveitar as pastagens e recuperar um pouco do prejuízo.


Segundo um comerciante que estava vendendo uma quantidade de bezerros, os preços da arroba variam entre R$ 165,00 e R$ 180,00, qualquer bezerro de 7 arrobas custa aproximadamente R$ 1.300,00, disse um vendedor.   
 O Campo do Gado de Quixabeira foi inaugurado em 1996, nesse período chegou a receber até 10 caminhões com animais, mas nos últimos anos recebia cerca de três caminhões, agora parece ter recuperado novamente o movimento, recebendo compradores e vendedores de várias localidades movimentando a economia do homem do campo.


Texto e Fotos: FR Notícias

UFC Londres: Anderson Silva perde para Michael Bisping por decisão dos juízes


UFC Londres: Anderson Silva perde para Michael Bisping por decisão dos juízes Steve Marcus/GETTY IMAGES NORTH AMERICA


Mais uma derrota no histórico do ex-campeão dos pesos médios do UFC, Anderson Silva. Na sua primeira luta após ser suspenso durante um ano da competição por doping, Anderson Silva perdeu por pontos para o britânico Michael Bisping na casa do adversário, em Londres, por decisão unânime dos juízes. A disputa entre os dois foi a luta principal do UFC Fight Night 84, neste sábado.
A vitória de Bisping veio com um triplo 48-47, coroando uma apresentação regular do britânico. Anderson obteve vantagem no terceiro round, acertando uma forte joelhada no adversário, e também no último, após um chute frontal, mas Bisping conectou mais golpes e evitou o nocaute em repetidas oportunidades.
O brasileiro, hoje com 40 anos, não ganha uma luta desde 2012. Sua última vitória na categoria dos médios foi em julho daquele ano, na defesa de cinturão contra Chael Sonnen. Desde então, passou por Stephen Bonnar entre os meio-pesados, perdeu duas vezes para Weidman e viu sua vitória sobre Nick Diaz ser convertida em luta sem resultado pelo caso de doping.
Campeão com mais defesas de cinturão na história do UFC (foram dez consecutivas), o Spider agora fica mais distante na fila de desafiantes do americano Luke Rockhold, que venceu o algoz de Anderson, Chris Weidman, em dezembro do ano passado. O ex-campeão dos pesos-médios — que passou por duas derrotas seguidas, um vitória anulada sobre Nick Diaz e uma cirurgia na perna — ainda terá de provar que merece uma nova chance de disputar o título. 
* ZHESPORTES 

PT ameaça se afastar de Dilma Rousseff, diz colunista. Mudança no pré-sal teria sido o estopim da discórdia


Colunista destaca que, nesta semana, o partido ficou enfurecido com a mudança na lei do pré-sal e planeja lançar um programa econômico de oposição.


O Partido dos Trabalhadores (PT) tem deixado evidente que não tolera a presidente Dilma Rousseff. Segundo o colunista Vinicius Torres Freire, da Folha de S. Paulo, a divergência ficou ainda mais explícita no reinício do ano político.
Freire destaca que, nesta semana, o partido ficou enfurecido com a mudança na lei do pré-sal e planeja lançar um programa econômico de oposição.
A situação pode causar a desmoralização do PT, caso o partido aceite as críticas, ou em resultar em derrotas cruciais do governo no Congresso, já que sem o PT dificilmente passarão as reformas que Dilma venha e propor.
O partido não tem alternativa "a não ser permanecer no governo e fazer um jogo de esquerda "para a galera"", refere a coluna.
Segundo a publicação, o PT do Rio, onde acontece nesta sexta (26) e sábado (27) uma reunião do partido, praticamente declarou Dilma Rousseff "persona non grata".
Rui Falcão, presidente do PT, divulgou uma nota na qual qualifica a mudança no pré-sal de "retrocesso". "O PT marchará ao lado das demais forças progressistas, dos movimentos populares e sindicais contra este ataque à soberania nacional e ao nosso desenvolvimento independente", completa o petista.
O colunista destaca ainda que o motivo maior do atrito é a promessa de reforma da política econômica, que inclui uma vaga reforma da Previdência e um teto para o gasto público, medida que pode redundar em contenção do reajuste do salário mínimo e das aposentadorias.
Mesmo que ainda seja vaga a intenção, a reforma será detonada nesta sexta (26) por um plano alternativo do PT, ou seja, um programa econômico de oposição ao governo da presidente petista.

Deputado Bobô pede UTIs para cidades de médio porte



Na volta das sessões plenárias da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Bobô (PCdoB) fez uma importante cobrança à Secretaria de Saúde (Sesab): a instalação de UTIs em cidades de médio porte. O parlamentar citou como exemplos Senhor do Bonfim, no Território Piemonte Norte do Itapicuru, e Jacobina, no Território Piemonte da Diamantina.

“Muitas pessoas sempre pedem apoio para resolver esse problema grave na saúde. Os dois territórios possuem, juntos, uma população de mais de 600 mil habitantes”, afirmou Bobô, lembrando que a situação se agrava com as dificuldades na regulação, mesmo com as ações do governo neste setor. “Ainda é muito pouco.”

Segundo o deputado, Jacobina tem que regular os pacientes para Salvador e Senhor do Bonfim, para Juazeiro, sobrecarregando os seus sistemas de saúde. “Pessoas não podem morrer enquanto esperam transferência. A Sesab deve elaborar um planejamento estratégico para buscar investimentos junto à União e organizações privadas para implantar UTIs, principalmente nos municípios polos de territórios que ainda não possuem esse tipo de leito especial”, defendeu.

De acordo com Bobô, mesmo com a gestão plena sob responsabilidade dos municípios, é importante o apoio dos governos federal e estadual. “É fundamental que a Sesab faça estudos para alcançar esse objetivo de oferecer mais UTIs visando atender nossa população no interior. É fundamental um olhar ainda mais atento de todos nós, especialmente dos poderes públicos, para a saúde das pessoas mais necessitadas", afirmou.

Estuprador e Maníaco Gaivota é morto em confronto com a polícia na cidade de Barra/BA

Procurado pela Polícia no estado do Piauí e região Oeste da Bahia, o estuprador Jaelson Pereira dos Santos, 30 anos, o “Gaivota” terminou morto na noite desta terça-feira (23), por volta das 23h, no Distrito de Igarité, município de Barra/BA, a 80 quilômetros da cidade. A mulher que estava em companhia do maníaco também foi alvejada e morreu no local.
Uma força tarefa foi montada para intensificar as buscas ao criminoso, com viaturas (carros e motos), tendo o reforço de policiais civis e militares da 83ª e 84ª companhias independentes, sediada em Barreiras, 85ª CIPM  de Luiz Eduardo Magalhães e da 86ªCIPM  de Formosa do Rio Preto.
O agente de investigação de polícia Ari, plantonista da Delegacia de Barra, informou que o corpo de Gaivota e da mulher, possivelmente sua companheira de convívio, serão encaminhados para o IML do município. O policial não soube informar a identidade dela, nem detalhes sobre as circunstâncias das mortes. “Temos informações extraoficiais de uma troca de tiros, mas ainda não tenho como afirmar. Nossa equipe está para o local”, declarou.
O caso será apurado pela Coordenadoria Regional, que tem como delegado titular Mirosvaldo Santos Menezes.
ENTENDA O CASO
Gaivota foi preso no dia 14 de julho de 2014, em uma operação articulada entre os serviços de inteligência da polícia civil dos estados do Piauí e da Bahia, por diversos crimes de estupro e tráfico de drogas cometidos nas comarcas de Barreiras/BA e Corrente/PI.
Fugiu no dia 2 de outubro do mesmo ano da Penitenciária Regional Dom Abel Alonso Nunez, em Bom Jesus, juntamente com sete criminosos, e desde então encontrava-se foragido.
O último crime de Gaivota foi cometido na sexta-feira, 19 de fevereiro, no município de Barreiras/BA, onde estuprou duas mulheres e ainda furtou seus pertences. 
Fonte: Portal Corrente; com informações do site Alô Alô Salomão
Edição: Henrique Guerra
Por: Henrique Guerra


Estudantes e professores da UNEB Campus Senhor do Bonfim fazem manifestação pela permanência do PIBID


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Estudantes e professores da UNEB Campus VII em Senhor do Bonfim, realizaram uma manifestação pelas ruas do centro da cidade na manhã desta quarta-feira (24) contra os cortes no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) O Programa é desenvolvido no município desde o ano de 2012, em parceria com às escolas da rede pública de ensino.

Cerca de 60 estudantes e professores vinculados ao curso de Licenciatura em Matemática da UNEB ( Universidade do Estado da Bahia ) participaram da manifestação que teve inicio às 08h depois de concentração em frente a Universidade. De forma pacífica os manifestantes fecharam por alguns minutos a BR 407, e em seguida se dirigiram para o centro da cidade em passeata portando cartazes, panfletos e apitos para chamar a atenção em prol da reivindicação. Os participantes se posicionavam na frente dos semáforos quando se fechavam para os motoristas da Avenida Barão de Cotegipe e não chegaram a atrapalhar o trânsito.


Estudantes e professores da UNEB Campus VII em Senhor do Bonfim, realizaram uma manifestação pelas ruas do centro da cidade na manhã desta quarta-feira (24) contra os cortes no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) O Programa é desenvolvido no município desde o ano de 2012, em parceria com às escolas da rede pública de ensino.
Cerca de 60 estudantes e professores vinculados ao curso de Licenciatura em Matemática da UNEB ( Universidade do Estado da Bahia ) participaram da manifestação que teve inicio às 08h depois de concentração em frente a Universidade. De forma pacífica os manifestantes fecharam por alguns minutos a BR 407, e em seguida se dirigiram para o centro da cidade em passeata portando cartazes, panfletos e apitos para chamar a atenção em prol da reivindicação. Os participantes se posicionavam na frente dos semáforos quando se fechavam para os motoristas da Avenida Barão de Cotegipe e não chegaram a atrapalhar o trânsito.
pibid senhor do bonfim.4.des
A preocupação dos manifestantes é com a possível extinção do programa durante os próximos meses. Porque de acordo com a carta da Capes determina o desligamento de todos os bolsistas com 24 meses de atuação no programa, sem direito a substituição, anunciado pelo MEC por meio do Ofício 2/2016-CGV/DED/CAPES, datado em 16 de fevereiro de 2016, demonstra a tendência do ministério em desativar o programa, assim, mais de 45 mil bolsas serão desligadas no próximo mês.
“Um programa como o Pibid é de extrema importância para a nossa formação, uma vez que o mesmo nos insere em salas de aula, permitindo que possamos observar a cada dia a realidade e praticarmos intervenções que venham atrair os alunos, facilitando o aprendizado, e a partir daí desenvolvermos novos pensamentos e metodologias que utilizaremos futuramente.” Destaca o estudante Cleison Ferreira.


Para a professora Margarenei, bolsista de supervisão do Colégio Estadual Júlio César Salgado, o PIBID está sendo ameaçado de corte, sendo um programa de suma importância para a manutenção e revigoramento da educação.” Ainda hoje aconteceu em Brasília, uma audiência para tratar dessa situação”. Afirmou a professora.
Os manifestantes esperam com a ação que acontece em nível nacional, que os governantes, Capes e Ministério da Educação possam se sensibilizar com um programa que tem dado muito certo.O Pibid é promovido pelo Ministério da Educação, através da Fundação Capes e desenvolvido por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino. O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES).
Na cidade de Senhor do Bonfim, além da UNEB, a Univasf e IF tem projetos no programa.
Redação CN * informações de Lucas Pablo

Polícia Civil pede prisão de presidente licenciado da Samarco e mais seis




A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou e pediu a prisão preventiva, na tarde de hoje (23), de sete pessoas por envolvimento no rompimento da barragem da mineradora Samarco, que ocorreu em novembro de 2015, no município de Mariana (MG). O presidente licenciado da empresa, Ricardo Vescovi, é uma delas.
Ricardo foi indiciado junto com outros cinco funcionários da Samarco: Kléber Terra, diretor-geral de operações; Germano Lopes, gerente-geral de projetos; Wagner Alves, gerente de operações; Wanderson Silvério, coordenador técnico de planejamento e monitoramento; e Daviely Rodrigues, gerente. A sétima pessoa é Samuel Paes Lourdes, engenheiro da VogBR, empresa que prestava consultoria para a mineradora e é responsável pelo laudo que atestou a estabilidade da barragem.
Segundo informou a Polícia Civil, todos os indicamentos são por homicídio qualificado, o que pode gerar penas que variam de 12 a 30 anos para cada uma das 19 mortes. Os sete ainda responderão por mais dois crimes. Por poluir água potável, podem pegar entre 3 e 6 anos de prisão e multa. Já por causar inundação com dolo eventual, o que acontece quando não há intenção, mas se assume o risco, podem somar mais uma pena 2 a 5 anos de prisão.
Mais pessoas ainda podem ser indiciadas. Devido a amplitude do desastre, as investigações foram divididas. Um outro inquérito, previsto para conclusão em 12 de março, tem como foco os crimes ambientais.
Investigação
O rompimento causou 19 mortos e trouxe diversas complicações para a bacia do Rio Doce e para as cidades que foram atingidas pela lama. O inquérito da Polícia Civil apresentado hoje é composto de mais de 2 mil páginas. Ao todo foram aproximadamente 100 depoimentos.
A causa do desastre, segundo a investigação, foi excesso de água e a saturação de rejeitos arenosos depositados na barragem. Também contribuiram as obras para aumentar a capacidade de acomodação de rejeitos e problemas no sistema de drenagem, que tem como uma de suas consequências o assoreamento. A falta de monitoramento adequado foi mais uma agravante, tendo sido realizado com poucos equipamentos, alguns deles com defeito.

MSN

Ministério da Saúde investiga 4.107 casos suspeitos de microcefalia no país







Os casos suspeitos de microcefalia em investigação pelo Ministério da Saúde e os estados chegam a 4.107 em todo o país. Os números fazem parte do Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado nesta terça-feira (23). O boletim aponta, ainda, que 950 notificações já foram descartadas e 583 confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.


Os 583 casos confirmados ocorreram em 235 municípios, localizados em 16 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já os 950 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.



Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.



Os 4.107 casos em investigação representam 72,8% do total acumulado de 5.640 casos notificados desde o início das investigações em 22 de outubro de 2015 até 20 de fevereiro de 2016. O total notificado está distribuído em 1.101 municípios de 25 unidades da federação. Amapá e Amazonas são os únicos estados da federação que não tem nenhum registro de casos.



Ao todo, foram notificados 120 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 30 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 80 continuam em investigação e 10 já foram descartados.



Do total de confirmados, 67 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de microcefalia.



Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 22 unidades da federação. São elas: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Também houve a confirmação de transmissão do vírus em 29 países nas Américas.



ORIENTAÇÃO – O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.





Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 20 de fevereiro de 2016









Regiões e Unidades Federadas
Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados
Descartados
Brasil
4.107
583
950
5.640
Alagoas
102
25
85
212
Bahia
582
120
73
775
Ceará
256
33
46
335
Maranhão
151
14
16
181
Paraíba
440
59
291
790
Pernambuco
1.188
209
204
1.601
Piauí
81
32
14
127
Rio Grande do Norte
275
76
23
374
Sergipe
178
0
10
188
Região Nordeste
3.253
568
762
4.583
Espírito Santo
62
3
8
73
Minas Gerais
27
0
38
65
Rio de Janeiro
250
2
4
256
São Paulo
119
0
30
149
Região Sudeste
458
5
80
543
Acre
26
0
0
26
Amapá
Sem registro
Sem registro
Sem registro

Amazonas
Sem registro
Sem registro
Sem registro

Pará
10
1
0
11
Rondônia
10
1
0
11
Roraima
11
0
0
11
Tocantins
95
0
17
112
Região Norte
152
2
17
171
Distrito Federal
5
0
19
24
Goiás
80
6
2
88
Mato Grosso
123
0
50
173
Mato Grosso do Sul
5
1
5
11
Região Centro-Oeste
213
7
76
296
Paraná
2
0
13
15
Santa Catarina
0
0
1
1
Rio Grande do Sul
29
1
1
31
Região Sul
31
1
15
47
Agência Saúde
Atendimento à Imprensa

Três anos após instalação, radares da BR-324 ainda não multam




Quase três anos após terem sido instalados, os radares fixos da BR-324, no trecho entre Salvador e Feira de Santana concedido à ViaBahia, continuam tendo apenas uma função figurativa na rodovia. Desde que a instalação foi concluída, em dezembro de 2013, os 16 equipamentos ainda não multam motoristas que seguirem em alta velocidade pela via.

Segundo a concessionária, não há uma data definida para quando os sensores devem começar a cobrar, mas eles “trabalham” com a meta de que não passe de 2016. O problema é que há, atualmente, questões técnicas que atrapalham a homologação das cobranças, de acordo com a assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que vai administrar as multas, quando elas começarem a ser cobradas, como faz com outras rodovias federais. Além disso, parte do problema era justamente definir quem cobraria as infrações – até que foi definido no ano passado.

Em novembro de 2014, o CORREIO mostrou, pela primeira vez, o imbróglio em torno dos sensores: quase um ano após terem sido colocados na BR, nenhum dos responsáveis sabia dizer qual era o motivo para a cobrança não acontecer. Reféns da burocracia da situação, a ViaBahia, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontavam justificativas, cada uma, que, por sua vez, repassavam a responsabilidade para outra.

De acordo com a concessionária ViaBahia, os ajustes técnicos já estão em fase final. Na prática, isso se refere a um sistema de multas e cobranças com um processamento que entregaria as multas à PRF. A demora se deve ao fato de que, segundo a assessoria da empresa, o contrato inicial da cessão da rodovia previa somente a instalação. Depois, foi feito um aditamento que determinou que a ViaBahia deveria também desenvolver essa plataforma. Assim, eles seguem ajustando pontos como layout e formas de processamento.

Ainda segundo a ViaBahia, todos os 16 equipamentos estão funcionando. Os radares, distribuídos ao longo dos 113 quilômetros que estão sob a concessão, custaram R$ 50 milhões, em um investimento da empresa. Atualmente, as únicas multas geradas na BR-324 vêm de radares móveis. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram mais de 25.200 infrações computadas – o que daria uma média de mais de 160 por dia.

Procurada pelo CORREIO, a ANTT ainda não havia emitido nenhum posicionamento até a publicação desta reportagem. Segundo a concessionária, não há uma data definida para quando os sensores devem começar a cobrar, mas eles “trabalham” com a meta de que não passe de 2016. O problema é que há, atualmente, questões técnicas que atrapalham a homologação das cobranças, de acordo com a assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que vai administrar as multas, quando elas começarem a ser cobradas, como faz com outras rodovias federais. Além disso, parte do problema era justamente definir quem cobraria as infrações – até que foi definido no ano passado.

Em novembro de 2014, o CORREIO mostrou, pela primeira vez, o imbróglio em torno dos sensores: quase um ano após terem sido colocados na BR, nenhum dos responsáveis sabia dizer qual era o motivo para a cobrança não acontecer. Reféns da burocracia da situação, a ViaBahia, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontavam justificativas, cada uma, que, por sua vez, repassavam a responsabilidade para outra.

De acordo com a concessionária ViaBahia, os ajustes técnicos já estão em fase final. Na prática, isso se refere a um sistema de multas e cobranças com um processamento que entregaria as multas à PRF. A demora se deve ao fato de que, segundo a assessoria da empresa, o contrato inicial da cessão da rodovia previa somente a instalação. Depois, foi feito um aditamento que determinou que a ViaBahia deveria também desenvolver essa plataforma. Assim, eles seguem ajustando pontos como layout e formas de processamento.

Ainda segundo a ViaBahia, todos os 16 equipamentos estão funcionando. Os radares, distribuídos ao longo dos 113 quilômetros que estão sob a concessão, custaram R$ 50 milhões, em um investimento da empresa. Atualmente, as únicas multas geradas na BR-324 vêm de radares móveis. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram mais de 25.200 infrações computadas – o que daria uma média de mais de 160 por dia.


UNEB REALIZA MANIFESTO CONTRA CORTE DO GOVERNO NO "PIBID"



Professores e alunos do Campus 4 da UNEB de Jacobina realizaram uma manifestação na manhã desta terça contra o corte anunciado pelo Governo Federal no   PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, vinculado a Diretoria de Educação Básica Presencial – DEB – da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. O protesto ocorreu no auditório da instituição e contou com a presença de alunos dos cursos de inglês, letras vernáculas, educação física e interdisciplinar, além de alunos que não são beneficiados pelo programa mas são solidários a causa.


O PIBID oferece bolsas para que alunos de licenciatura exerçam atividades pedagógicas em escolas públicas de educação básica, contribuindo para a integração entre teoria e prática, aproximando  universidades e escolas e para a melhoria de qualidade da educação brasileira. Criado em 2013, a proposta inicial era de que o programa programa tivesse duração de quatro anos, com perspectiva de prorrogação por mais quatro. No entanto, apenas dois anos após sua criação, o Governo Federal anuncia um corte de 50% na verba do programa de forma inesperada, pegando 85 mil bolsistas de surpresa. Os cortes começarão a ocorrer a partir do início de março, e gradativamente outros cortes ocorrerão, até que o projeto seja extinto. A previsão é que, logo de cara, o numero de bolsista caia para 50.000 alunos, e a partir daí, os alunos que completares os 24 meses e deixarem o programa, a bolsa seja imediatamente extinta, ao invés de outro aluno ser beneficiado com a bolsa, como era previsto antes.

Em Jacobina cerca de 130 alunos recebem R$ 400,00 mensais do programa. Segundo o Professor de inglês José Carlos Félix, Doutor em teoria literária e um dos coordenadores do programa, a situação é muito séria, pois alguns alunos tem na bolsa sua única fonte de renda, e a sua interrupção pode significar para o aluno a  impossibilidade da continuação de sua vida acadêmica, " Muitos alunos já testemunharam pra nós que se confirmado o corte da bolsa, não terão como arcar com o custo do transporte, a xerox de livros e até mesmo a alimentação", relatou o professor. Ainda segundo o educador, a manifestação acontece também em todos os departamentos onde o projeto existe e a idéia e realizar uma manifestação dia 24 de março em Salvador, havendo também a possibilidade de uma manifestação em Brasília, na sede do Ministério da Educação, em data ainda a ser definida. Ao final da manifestação em Jacobina , foi emitida uma carta aberta a população explicando os motivos do manifesto.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA CARTA

Carta à População de Jacobina e Região.

Ref.: PIBID –

PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Corte de verba por parte do governo federal (Extinção do Programa).

Prezados Senhores:

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID é um programa de incentivo e valorização do magistério e de aprimoramento do processo de formação de professores para a educação básica (Ensino Fundamental e Médio), vinculado à CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal), que é uma fundação do Ministério da Educação).

O PIBID oferece bolsas para que alunos de licenciatura exerçam atividades pedagógicas em escolas públicas de educação básica, contribuindo para a integração entre teoria e prática, para a aproximação entre universidades e escolas e para a melhoria de qualidade da educação brasileira. Para assegurar os resultados educacionais, os bolsistas são orientados por coordenadores de área – Professores Universitários - e por supervisores – Professores das escolas públicas que recebem os subprojetos.

A CAPES anunciou que haverá um corte, já no mês de março deste ano, de, pelo menos, 50% do programa, o que representa, em termos de UNEB (Estado da Bahia), aproximadamente 890 bolsistas. Esse corte não será seguido de reposição, mas de novos cortes, até que, acredita-se, o programa seja extinto.

De acordo com alguns alunos universitários, que fazem parte do projeto, o programa tem sido essencial como suporte para a melhoria da qualidade do ensino, pois influencia diretamente na formação como futuros professores.

Testemunhos:

De acordo com alguns deles, como ... o programa não contribui apenas para a formação intelectual, como, também, tem um grande impacto social, pois alguns alunos podem abrir mão de fazer atividades extras, não ligadas à sua formação, para se sustentarem, dedicando-se mais aos estudos e a prática das teorias que aprendem...

Supervisores:

Regivânia (Escola Padre Alfredo Hassler)

O projeto é de fundamental importância, pois estabelece-se um vínculo com a Universidade, garantindo ao professor da educação básica a sua formação contínua. O

professor da escola cresce junto com os alunos bolsistas ID. Houve nas escolas melhoria do índice, as notas melhoraram, os alunos participam mais das atividades.

Alciene (Escola Padre Alfredo Hassler)

É indiscutível a contribuição do progrma. Isso pode ser percebido na vivência escolar, na troca de experiências estabelecidas entre bolsistas ID e bolsitas de supervisão, bem como no auxílio do desenvolvimento das atividades em sala de aula. Sabemos que a universidade não forma professor, é a experiência docente quem promove essa formação.

Vanessa (Escola Padre Alfredo Hassler)

São muitos os benefícios para a escola. Todos lamentam a perda do programa. Além disso é notório quando a gente recebe o aluno que passou pelo pibid e o que não participou. Evidencia-se uma autonomia no desenvolvimento das atividades desses bolsistas.

Coordenador de Área:

José Félix (Professor da UNEB).

É um retrocesso, pois a perspectiva da Capes seria de um fortalecimento e de ampliação do programa, visando uma aproximação maior entre a universidade e as escolas, mas o que está acontecendo é um “afogamento” do programa. O término do PIBID é extremamente prejudicial, pois interrompe o trabalho desenvolvido entre a universidade e as escolas públicas. A universidade tem se beneficiado, pois o bolsista, recebendo um auxílio financeiro, pode ir a uma escola e vivenciar as experiências docentes. Com a sua interrupção, a universidade perde esse canal. A perspectiva seria de ampliação para todas as universidades. As licenciaturas não têm recursos continuar estabelecendo um contato mais frequente com as escolas, o gov federal (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO) tem por obrigação assumir essa responsabilidade na formação continuada das licenciaturas, em particular, e do ensino básico e superior.

Alunos:

Gleiciane

A gente deixa de dedicar nosso tempo para trabalhar, que deveria estar estudando. Com a entrada no programa dediquei o meu tempo ao estudo, acaba se tornando uma bolsa auxílio aos estudantes que não têm condição de se manter na universidade. É uma questão social, financeira. É um auxilio à nossa permanência na universidade. A gente fica sem saber o que fazer, acabando o programa, se eu só recebo esta bolsa. Além da produção acadêmica.

Taíse

Comecei na Uneb em 2013. Eu tive que escolher entre trabalhar ou estudar, pois meu curso é a tarde. Quando eu decidi estudar, tivemos dificuldades financeiras, pois a renda familiar diminuiu. Em 2014 surgiu a possibilidade do Pibid, uma forma de estudar, ajudar em casa e ter experiências docentes.

O contato com alunos nos dá condições de aprender, vivenciar, agir no programa com flexibilidade. Garantia financeira de continuar da universidade. Todos trabalhamos em prol da nossa formação. Dá aos bolsistas condições de experimentarem situações

Além disso, possibilita a produção de trabalhos de conclusão de curso, a gente se interessa pela investigação, com o propósito de divulgar as nossas experiências vivenciadas nas escolas

Andréa ( Bolsista ID – Língua Portuguesa)

Era uma lacuna que existia entre a teoria e apratica. No estágio, a gente visualiza algo que não consegue desenvolver. O PIBID nos colocou na escola, experimentando aquela realidade. A preparação, a vivência em sala de aula foi fundamental, inclusive para o estágio supervisionado.

A bolsa conseguiu ajudar, inclusive , a pagar o transporte de alguns alunos que moram em outros municípios e precisam vir para a UNEB estudar.

Rosana (Subprojeto Letras-Língua Portuguesa):

Forma o professor pesquisador, a gente discute o que acontece em sala de aula, amparada por estudos teóricos. É uma perda do profissional professor e pesquisador na universidade.

Agradecemos pelo apoio a este movimento.

Coordenação PIBID – UNEB – Campus IV – Jacobina.

Jacobina: Demora na conclusão da UPA é denunciada ao Ministério Público


Uma representação foi feita ao Ministério Público por intermédio do Movimento Jacobina Agoniza, sob o número 702.0.13023/2016 onde consta a denúncia de morosidade na obra, uma vez que o contrato número 416/2014 traz como prazo para a execução, dez meses. Se fôssemos atender ao que consta no contrato que foi firmado em 7 de julho de 2014, a população já estaria há quase dez meses usufruindo dos serviços, ou seja, desde maio de 2015.
Embora a Lei de Licitação em seu artigo 57 permita a prorrogação através de Termo Aditivo, o que justificaria um novo aditamento para esse serviço, uma vez que já estamos há quase 20 meses do início da obra? Existe algum relatório que justifique tal situação?
A obra está sendo feita pela DAM Construtora e na denúncia registrada, consta ainda a acusação de que a maioria dos operários foram retirados da UPA para realizar uma construção no Hospital Municipal.
Defesa da PMJ
Em resposta à representação, a assessoria jurídica da PMJ alegou que as obras não estão paradas e que sua execução encontra-se em estágio avançado. Quanto aos operários, a resposta foi que a prefeitura não interfere na relação entre a empresa e os empregados tal qual horário e local de trabalho.
Como perguntar não ofende:
Existe alguma notificação por parte da prefeitura no que se diz respeito ao atraso na entrega do serviço?
Estaria o prefeito de Jacobina adiando essa inauguração por entender que a verba destinada para a Saúde não suportaria mais essa despesa? Vale ressaltar que, segundo o gestor, o município já tem encontrado dificuldades para arcar com os gastos do Hospital Municipal, Samu, entre outras despesas contabilizadas para a manutenção da Saúde no município.
Destacamos ainda que, uma unidade como essa gera uma despesa de em média R$ 1 milhão mensal, sendo que o governo auxilia com apenas R$ 200 mil, deixando o restante para o município.
Como irá encaixar nas despesas do município mais essa conta, só o prefeito poderá responder, mas uma coisa temos certeza, em campanha de reeleição ele será capaz até mesmo de dizer que a crise acabou e que atenderá a população com excelência tanto no hospital, quanto na UPA.
Fonte: Rota 324

DE CORTADORA DE CANA A JUÍZA. CONHEÇA A INCRÍVEL HISTÓRIA DE ANTÔNIA FALEIROS




Aos 12 anos, a menina Antônia Marina Faleiros, trabalhava em um canavial no interior de Minas Gerais e o seu sonho era ser vendedora em uma loja de departamentos. Hoje, a juíza Antônia Marina Faleiros toca alguns projetos sociais no interior da Bahia e tem orgulho de contar a sua história:
"Nasci no Vale do Jequitinhonha, região bastante pobre de Minas Gerais há 52 anos. Naquela época, já era uma área de muita carência, exportadora de mão-de-obra para trabalhos braçais nas lavouras e, há quarenta anos, eu estava entre essas pessoas.
O que eu me lembro e gosto de repetir é que olhando os fatos para trás, no filtro do passado e da saudade, a história parece até bem bonita, mas na época, para ser sincera, não tinha graça nenhuma. Tivemos todos que trabalhar cedo, como uma imposição da necessidade, não por exploração dos pais. Eles não tinham como proporcionar boas condições e tínhamos que trabalhar, era uma realidade dos jovens da roça. Mesmo criança, eu tinha noção das dificuldades pelas quais minha família passava e tentava contribuir com o que aparecesse.
Com 12 anos, recebi um convite para trabalhar no canavial, através de “gatos”, que são recrutadores de mão de obra para fazer esse trabalho na divisa entre Minas e São Paulo.
Em 1976, consegui concluir o primeiro grau e me mudei para uma cidade vizinha chamada Serro para fazer o segundo. Só havia essa possibilidade num colégio particular e a mensalidade era duas ou três vezes o salário todo da minha família. Dei aulas de reforço, trabalhei como empregada doméstica e em serviços gerais no próprio colégio, um internato, em troca de cama e comida. Com isso, consegui pagar a mensalidade e ainda mandava um dinheirinho para meus pais e irmãos.
Terminado o ensino médio, tentei um emprego numa agência bancária na minha cidade, mas não consegui. Naquela época as pessoas não eram nada sutis: não consegui a vaga por causa da minha aparência. Era feia, tinha dentes estragados. Houve até um projeto na Escola que sugeriu que eu arrancasse os dentes podres. Eu me recusava a extrair porque acreditava que um dia eu conseguiria tratar os dentes. Foram até conversar com os meus pais para me obrigar a tirá-los. Eles diziam que era uma ilusão da minha parte sonhar em tratar os dentes. Meu pai olhou para mim, me perguntou se eu queria arrancar e eu respondi: um dia vou tratar os meus dentes. Foi ali que me deixaram da forma que eu estava porque meu pai acreditou em mim.
Concluí que eu precisava tentar a sorte fora, pois estávamos cada vez mais excluídos. Cada irmão tomou um rumo. Eu peguei uma carona com um tio e parei em Belo Horizonte, onde consegui nos primeiros dias ficar na casa de parentes dizendo que estava a passeio, mas a situação ficou insustentável, pois não dava para fica morando de favor. Arrumei um emprego como doméstica. Mas a patroa não gostava que dormisse na casa dela, porque ela achava que tirava a liberdade dos donos da casa.
Para não ser obrigada a voltar para o interior, e ter que abrir mão do meu sonho de fazer um curso superior e trilhar um caminho diferente daqueles que moravam na minha terra, eu mentia para minha mãe que dormia na casa da patroa e fingia para a patroa que dormia na casa de parentes. Mas na verdade eu não dormia na casa de ninguém porque eu não tinha onde morar. Eu passava a noite sentada num ponto de ônibus movimentado entre a ruas Tamoios e Rio de Janeiro, em frente à agência da antiga Telemig, fingindo que estava esperando ônibus. Como era um ponto muito movimentado, dava para enganar. Quando amanhecia, ia caminhando para a casa da patroa, cerca de quatro quilômetros dali. Minha mãe morreu sem saber que vivi na rua.
Nos finais de semana, eu ia visitar parentes que moravam mais distante. Continuava procurando emprego nos jornais, e um dia, vi o anúncio de um cursinho preparatório para concursos chamado Vila Rica. Fui lá para tentar me matricular e vi que não tinha dinheiro nem para o curso nem para comprar as apostilas. Comecei então a recolher as folhas borradas que uma secretária do cursinho descartava do mimeógrafo que imprimia as novas apostilas. Com essas folhas, estudei para o meu primeiro concurso e fui aprovada em 3º lugar para o cargo de oficial de justiça do Tribunal de Justiça de Minas, logo que atingi a maioridade, naquela época, os 21 anos. No tribunal, acabei fazendo contato com pessoas da área de direito e aquilo acabou me despertando para a área jurídica. Um colega do tribunal que estava iniciando um cursinho me chamou para dar aulas de língua portuguesa, mesmo sem ter graduação. Para justificar minha presença ali, passei a fazer um concurso por ano para gabaritar a prova de português e usar isso como referência.
No final de 1986, fiz vestibular e fui aprovada na UFMG, minha única alternativa, já que a outra única faculdade de direito era particular. Minha festa de formatura foi em fevereiro de 1992 e minha mãe morreu em abril, com a idade que tenho hoje, após sofrer um acidente vascular cerebral. Entrei em depressão, fiquei muito revoltada. Tinha muita vontade de dar a ela tudo o que ela desejava, coisas simples como conhecer Aparecida do Norte ou ter uma máquina de costura. Meu pai morreu cinco anos depois, de câncer de pulmão. A ele, já pude pelo menos dar um acompanhamento médico melhor, levar para minha casa.
Formada, montei um escritório de advocacia em BH, fui procuradora do município, assessora jurídica da Secretaria de Planejamento e de um sindicato e ainda continuava dando aulas no cursinho. Agarrava todas as oportunidades que surgiam com toda força. O primeiro concurso que fiz para o cargo de juíz, no entanto, preferi não assumir. Era para uma vaga de juíza federal da Primeira Região e fui nomeada no Acre. Como minha irmã mais nova, nascida em 1979, ainda morava comigo, temi que isso puder atrapalhar os estudos dela, e acabei desistindo. Hoje, é a única dos meus irmãos que também concluiu a faculdade, de farmácia.
Depois disso fui delegada, procuradora do Banco Central, procuradora da Fazenda de Minas e fui transferida para Uberlândia. Lá, conheci o advogado com quem estou casada há 20 anos. Ele trabalhava na área de fiscalização da procuradoria da Fazenda e foi amor à primeira vista. Os filhos do casamento anterior dele são meus filhos e a ex, uma grande amiga. Gosto de brincar quando apresento ela a alguém: ‘Essa é a mãe dos meus filhos’ e rio muito vendo a reação das pessoa achando que é uma relação homoafetiva.
Há doze anos, fiz o concurso de juíza para o Tribunal de Justiça da Bahia, onde vivemos desde 2003. Meu marido e meus filhos acabaram vindo morar aqui também. Ele mantém escritórios em Lauro de Freitas (BA), Uberlândia e BH. Meus filhos se formaram e uma vive ainda comigo e outro se casou e se mudou para BH. Temos uma amor autêntico, verdadeiro, cuidamos muito um com o outro".
Antônia gosta de falar da sua história, mas prefere destacar os trabalhos que faz fora do tribunal, alguns dos quais foram premiados pelo CNJ.
"Tenho um projeto com filhos de carvoeiros em Mucuri, a primeira comarca que assumi na Bahia, e projetos com crianças nos lixões de Itabuna e Lauro de Freitas. Gosto de estimular esses meninos a verem a vida além do tráfico e da violência. Quero que outras pessoa também conheçam e ajudem".
"À medida que você vai descobrindo o mundo, vai sonhando com mais. Quando eu passava por todas aquelas dificuldades de trabalho braçal, meu maior desejo era ser vendedora em uma loja de departamentos, porque trabalhava na sombra e com uma roupa limpa. Nunca desisti de ir adiante mas, objetivamente, achava que isso já seria uma vitória enorme.”
Mensagem para aqueles que passam por dificuldades
"Quando contei para minha mãe ela que tinha passado em terceiro lugar no concurso de oficial de justiça. Ela me perguntou: ‘a prova estava tão difícil assim?'. Ainda rebati e disse: ‘Mãe, pense bem, quantas pessoas ficaram para trás?’. E ela me disse assim: ‘você já viu corredor olhar para trás? Corredor olha para frente’. Então eu digo sempre isso: temos que olhar para frente e não para as dificuldades que passamos. É pensar no quem tem que ser alcançado, é ter disciplina e meta".
Se você gostou dessa história e tem vontade de melhorar sua preparação para concursos, o professor e Defensor Público Gerson Aragão está disponibilizando gratuitamente o seu livro digital de técnicas e estratégias para concursos. Clique aquipara baixar o seu.:D

Caso Beatriz Mota: polícia divulga retrato falado de assassino

Suspeito de assassinar criança é moreno e tem altura entre 1,65 e 1,70
Suspeito de assassinar criança é moreno e
tem altura entre 1,65 e 1,70


Quase três meses após Beatriz Angélica Mota, 7 anos, ser assassinada a facadas durante uma festa de formatura de um colégio de Petrolina, no Agreste de Pernambuco, a Polícia Civil do Estado apresentou na manhã desta segunda-feira (22), no Recife, o retrato falado do suspeito de cometer o crime.

De acordo com a polícia, o homem é moreno, tem altura entre 1,65 e 1,70 e aparenta ter 70 quilos. A imagem mostra um rosto largo e olhos fundos. O retrato falado foi feito a partir do relato de três testemunhas, entre elas da mãe de Beatriz.

De acordo com o delegado especial designado para o caso, Marceone Ferreira Jacinto, um homem com estas características foi visto dentro do banheiro feminino e do masculino em "atitude suspeita", lavando o cabelo e o rosto.

O homem também teria sido visto durante muito tempo próximo ao bebedouro, para onde a menina disse que ia quando desapareceu. "A gente espera contribuição por parte da população com essa divulgação para que a gente possa estar recebendo informações e agregar nas investigações", afirmou o delegado.

Jacinto disse ainda que a família não reconheceu o homem, mas que a polícia não descarta nenhuma linha de investigação no momento, uma vez que o caso é de difícil elucidação.

O delegado chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Antônio Barros, afirmou que o caso de Beatriz é considerado atualmente o número 1 do órgão. "Todo esforço por parte da instituição está sendo direcionado para esse caso. Não tenho dúvidas de que a gente vai chegar a um resultado positivo", disse.

O Disque Denúncia oferece R$ 10 mil para quem prestar informações que ajudem a encontrar o assassino de Beatriz. A denúncia pode ser feita pelo telefone (81) 3719-4545 ou através do site http://www.disquedenunciape.com.br/.

Menina de 7 anos foi morta a facadas durante uma festa de formatura em Petrolina / Foto: reprodução/WhatsApp

ENTENDA O CASO - A menina Beatriz foi morta na noite de 10 de dezembro do ano passado dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde seu pai, Sandro Romilton Ferreira, trabalha como professor de inglês. O corpo dela foi encontrado numa sala de material esportivo desativada, espaço mais afastado da mesma quadra em que acontecia a festa.

Durante a festa, o pai da criança chegou a subir ao palco em que aconteciam apresentações para pedir que os convidados ajudassem a localizar Beatriz. Minutos depois, o corpo dela foi encontrado, com 42 perfurações. A polícia já descartou que a menina tenha sofrido agressão sexual.

FEDERALIZAÇÃO DO CASO - Os pais de Beatriz, Sandro Romilton e Lúcia Mota, fizeram um apelo à presidente Dilma Rousseff para que ajudasse na elucidação do caso. Dilma esteve em Petrolina na semana passada para divulgar a campanha contra o mosquito Aedes aegypti.

No encontro, promovido pelo prefeito de Juazeiro (BA), Isaac Carvalho, o chefe do executivo municipal disse que entregou um ofício ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal assumisse ou apoiasse o caso. Porém, até o momento, não foi dada autorização para tal.

O chefe de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, afirmou que caso isto ocorra, as investigações ficarão a cargo da Polícia Federal da Bahia, já que Petrolina está na circunscrição de área de atuação daquele estado.

Operação encontra seis homens que atuavam em condições de escravidão


Seis trabalhadores que atuavam em regime análogo à escravidão (Foto: Divulgação / PRF)


Seis homens mantidos em condições de trabalho análogas à escravidão foram identificados durante uma operação realizada na zona rural do município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia. Intitulada como “Trabalho”, a ação que localizou os trabalhadores foi iniciada no domingo (14) e concluída nesta sexta-feira (19).
Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que integrou a ação, os homens que atuavam em regime análogo à escravidão foram encontrados em uma fazenda e trabalhavam no desmatamento de uma área que seria utilizada para criação de gado de corte.

Carne consumida pelos trabalhadores (Foto: Divulgação / PRF)

Os trabalhadores, segundo a PRF, dormiam em alojamentos improvisados, sem energia elétrica, água potável e sanitários. No que diz respeito à alimentação, a polícia destaca que a carne consumida pelos trabalhadores era conservada em sal e era mantida em um varal ao relento.
A PRF conta que os seis empregados da propriedade tinham a promessa de receber R$ 3 por cada árvore derrubada e transformada em toco para a criação de cercas. Nenhum dos trabalhadores possuía carteira assinada.
Além das condições de trabalho, a PRF diz que os empregados aplicavam agrotóxicos sem qualquer tipo de treinamento e sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados.

Punição
Nesta sexta-feira, a PRF afirmou que o empresário responsável pela propriedade efetuou o pagamento das rescisões de contrato dos trabalhadores na sede do Ministério do Trabalho, em Barreiras, bem como comprometeu-se a assinar a carteira de trabalho dos empregados libertados. As rescisões somaram o valor de R$ 15 mil. Os trabalhadores receberão também três parcelas de seguro desemprego.
Apesar do pagamento das rescisões, a PRF destaca que o fazendeiro se recusou a indenizar os envolvidos pelo crime cometido. Por isso, será ajuizada uma ação civil pública pelo MPT e DPU junto à Vara do Trabalho de Barreiras, postulando uma multa de R$ 1 milhão.

O alojamento onde os trabalhadores foram encontrados foi interditado pelos auditores, e os serviços na fazenda só poderão ser reiniciados após a correção das irregularidades.
O relatório da fiscalização realizada será encaminhado à Polícia Federal, que já foi acionada, para investigar o crime de redução de trabalhadores em condições análogas às de escravo.
Além da PRF, participaram da operação a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE).

G1