Após
16 horas de velório, o corpo do escritor, dramaturgo e poeta Ariano
Suassuna foi enterrado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no
Grande Recife. O sepultamento foi precedido pela leitura de dois poemas,
a pedido da viúva, Zélia de Andrade Lima. Um dos netos do casal, João
Suassuna, recitou "Acahuan", que Ariano escreveu em homenagem a seu pai,
e "A mulher e o reino", feito para a esposa. Todos os parentes
acompanharam a leitura muito emocionados e Zélia foi amparada por
eles. O caixão chegou ao cemitério pouco antes das 17h, após ter
desfilado em carro aberto, em um veículo do Corpo de Bombeiros, fazendo o
percurso desde o Palácio do Campo das Princesas, local do velório.
Ainda no palácio, os netos de Ariano carregaram o caixão até o carro, ao
mesmo tempo em que os presentes aplaudiam e cantavam -- o frevo
"Madeira que cupim não rói" e o grito de guerra do Sport, time do
coração do autor. Um dos filhos de Ariano, o artista plástico Dantas
Suassuna, acompanhou o caixão do pai durante o trajeto. A cerimônia de
sepultamento contou ainda com salva de tiros, a execução instrumental da
Ave Maria e da Oração de São Francisco, e uma chuva de pétalas. (G1)
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