O momento em que a enfermeira Ieshia Evans, de 35 anos, enfrentou policiais durante um protesto do Black Lives Matter em Baton Rouge, Louisiana (EUA), em julho deste ano, virou um ícone do movimento.
Sua atitude já foi comparada à do anônimo chinês que, em 1989, obstruiu o caminho de uma coluna de tanques a caminho da Praça da Paz Celestial, em Pequim, para reprimir protestos pró-democracia.
Agora, lembrando daquele momento, Evans - que é uma das mulheres escolhidas neste ano para o projeto '100 Women' da BBC, que celebra mulheres influentes e inspiradoras do mundo todo - diz ter questionado os policiais.
“Um deles disse ‘você não deve ficar aqui na rua, estamos tentando tirar os manifestantes daqui’ e eu só perguntei ‘então por que estamos aqui?’”, disse à BBC.
Em seguida, ela foi detida pelos policiais e levada à delegacia.
Mas o momento em que os policiais chegaram até ela foi registrado em uma foto e viralizou nas redes sociais.
“Eu não estava ali há muito tempo antes de me pegarem. Eu fui levada dali para a prisão, onde eu fui fichada e revistada intimamente. Foi degradante”, afirmou à BBC.
Apesar disso, ao ver a foto em retrospectiva, Evans demonstra satisfação. “Eu gosto da foto, há poder feminino ali, há poder negro ali”, disse à BBC.
"Nossos homens negros podem saber que suas rainhas estão em sua defesa."
Mãe de um filho de 5 anos, Evans disse se preocupar com a segurança de meninos afroamericanos.
"Há muito racismo, eu tenho medo do que pode acontecer a crianças afroamericanas. Se eu tivesse um companheiro, eu temeria pela sua vida também", disse à BBC.
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