Brasil faz jogo da vida e tenta vitória inédita contra a França

Marta pode atuar os 90 minutos, garante médico - Foto: Divulgação l CBF

A Seleção Brasileira busca uma vitória inédita contra a França, neste domingo, 23, às 16 horas, no estádio Océane, em Le Havre, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Em oito jogos, as brasileiras nunca derrotaram as donas da casa. No ano passado, em um último amistoso entre as duas equipes antes das Copa, as francesas venceram por 3 a 1.
Esta será a segunda vez em as equipes que se enfrentam em mundiais. Na primeira, em 2003, empataram em 1 a 1. O restante dos confrontos foram amistosos com mais três empates e quatro vitórias da França. As anfitriãs se classificaram no Mundial em primeiro lugar no Grupo A com três vitórias.


Já a equipe comandada por Vadão integrou o grupo C e se classificou para as oitavas entre as melhores terceiras colocadas, na 9ª colocação geral, com duas vitórias e uma derrota. Quem avançar para as quartas vai encarar mais uma pedreira: os Estados Unidos ou a Espanha.
Duas boas notícias divulgadas ao longo da semana motivaram a Seleção Brasileira a confiar em uma reviravolta no jogo de mata-mata. Além de poder contar pela primeira vez com a meia-atacante Marta durante os 90 minutos, terá a volta da líder e experiente volante Formiga. Além de ter cumprido suspensão automática pelo acúmulo de dois cartões amarelos, eta também está recuperada de uma entorse no tornozelo esquerdo.
O aval dado às duas atletas partiu do médico da seleção, Nemi Sabeh. “Acho que Formiga tem condição de ir, a gente está bem confiante. Sobre Marta, começamos com 45 minutos, depois com 60, e é provável que nesta terceira partida ela consiga jogar o tempo todo”, avaliou.
Longe de ter o favoritismo desfrutado pela França, o Brasil terá de se superar em campo. A instabilidade da segunda partida, na qual que foi derrotado de virada depois de ter feito 2 a 0 na Austrália, não pode voltar a ocorrer. Principalmente diante das francesas, empurradas por uma torcida que esgotou todos os ingressos para os jogos da sua seleção antes mesmo de a Copa do Mundo começar.
De olho no VAR
Além do retrospecto favorável das Blues, o público francês tem marcado presença e sido importante instrumento de ‘pressão’ nas arquibancadas. Como uma autêntica 12ª jogadora, marca junto com os árbitros os lances na área adversária. O momento mais curioso dos torcedores nesta Copa foi contra a Nigéria, em que as francesas venceram por 1 0, depois de bater o mesmo pênalti duas vezes.
Ajudada pelo VAR, a árbitra assinalou a penalidade, inicialmente desperdiçada por Renard. A Nigéria comemorou por pouco tempo, pois o VAR enxergou um adiantamento da goleira Nnadozie na primeira cobrança e mandou repetir. Nesta segunda chance, Renard estufou as redes.
As duas seleções lutam por um título inédito, e enquanto o Brasil formou uma equipe com boa parte de veteranas, parte delas já em sua última disputa de Copa, a França conta com atletas da base do Lyon. Mas ao contrário do que parece, as brasileiras estão satisfeitas em cruzarem o caminho da França.
A atacante Marta, eleita melhor do mundo por seis vezes, por exemplo, argumentou logo após a vitória contra as italianas ser um privilégio enfrentar a anfitriã no mata-mata. “Vai ser um jogo com o estádio lotado, a galera gritando. Eu gosto de jogar com torcida, seja a favor ou contra, mas que tenha gente olhando a gente”, disparou.
Duelo de craques
E se do lado verde a amarelo temos a camisa 10, maior artilheira em Copas do Mundo (entre homens e mulheres) com 17 gols, do lado azul a craque é Amandine Henry. No último duelo entre elas, finalistas ao prêmio de melhor do mundo na Fifa do ano passado, a rainha Marta prevaleceu.
A alagoana reina também absoluta entre as jogadoras da Copa mais buscadas na internet, segundo levantamento feito pelo Google Trends. A camisa 10 lidera com folga a procura, seguida pela norte-americana Alex Morgan e a francesa Amandine Henry.

A Tarde

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