"Ele era um adolescente alegre e tranquilo. Agora, está calado, não quer mais ir à escola e parou até de perguntar para onde a gente vai", disse a mãe de um garoto de 15 anos de idade com deficiência mental que foi abusado por um padre católico.
O padre Fabiano Santos Gonzaga, de 28 anos, foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado pelo crime. O julgamento foi concluído ontem, dia 5. O religioso responde por uma paróquia na cidade mineira de Frutal, mas o crime aconteceu em junho de 2016 na cidade de Caldas Novas (GO), dentro da sauna de um clube.
Segundo o depoimento do jovem à polícia, o padre teria se aproximado e perguntado seu nome. Sem resposta, beijou a boca do adolescente à força e pegou em seu pênis, quando os dois ficaram a sós na sauna. Depois, o coagiu a fazer sexo oral.
A defesa do padre alegou inocência e tentou desqualificar a denúncia da vítima. Por conta da deficiência intelectual, o jovem tem idade mental entre 7 e 8 anos.
A juíza responsável pelo caso levou em conta a deficiência mental da vítima como um agravante para o crime, por isso a pena máxima de 15 anos. No celular do religioso, foram encontradas imagens dele vestindo apenas cueca e acompanhado de outros homens nus e seminus.
No dia do abuso, segundo o inquérito, o padre também bloqueou a saída da sauna com o próprio corpo para impedir que a vítima deixasse o local. O padre Fabiano disse ao garoto que ele só poderia sair se fizesse sexo oral.
Agora, o advogado que representa a família da vítima vai entrar com um pedido para que o padre perca a batina e o salário de R$ 1.200 que recebe da Igreja Católica. Segundo reportagem da revista Veja, apesar de a Igreja Católica já ter decretado que o padre não exerça suas funções sacerdotais, Fabiano ainda faz parte do quadro eclesiástico da Paróquia de Frutal (MG).
R7
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