Caminhoneiro e cunhado vendem máscaras na chegada de Serrinha e fazem renda extra

Em nossas andanças pela Bahia, encontramos Rone e Jorge, na BR 116 Norte, chegada do município de Serrinha, por volta do meio dia deste sábado, 11, vendendo máscaras de produção caseira. Curioso com a situação, parei o carro para conversar com eles e saber o que os motivou a desenvolver esta atividade. Bastante simpático, Rone disse que é caminhoneiro, mas que nas últimas semanas está parado, e para não ficar sem renda, teve a ideia de vender as marcadas que sua esposa produz em casa. 

" A última viagem que fiz foi a Fortaleza, CE, e cheguei em casa com R$ 180,00. Tive que comprar um bujão de cara e fiquei com praticamente nada para pagar as despesas fixas, então percebi que não dava pra fazer outra viagem. Peguei o troquinho que sobrou e comprei o material pra minha esposa fazer as primeiras unidades", disse Rone.

Seu cunhado Jorge é enfermeiro, e foi o responsável por traçar as normas técnicas do modelo das máscaras, que eles estão vendendo há cerca de 15 dias.

Rone disse que os dois vendem cerca de 40 a 50 máscaras por dia, levantando em média 200 reais nos dias de trabalho.

" Queria poder dar as máscaras, mas infelizmente não posso, entretanto oferecemos álcool em gel a quem quiser limpar as mãos, é um pequeno gesto para contribuir no controle da pandemia".

A cidade de Serrinha já tem três casos confirmados de Covid-19, e Rone confessou que a sobrinha dele faz parte desta estatística. " Graças a Deus ela se cuidou rápido e está curada, mas temos que fazer nossa parte". 

Coincidentemente quando estávamos conversando com Rone, agentes da Vigilância Sanitária chegaram ao local para averiguar a qualidade das máscaras, que foram aprovadas e os dois foram  parabenizados pela atitude.

Nós despedimos rapidamente pois o cidadão tem que trabalhar.  Parabéns a dupla de empreendedores.

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