Goleiro do Japão detona Copa das Confederações: ‘Até a mulher do Julio Cesar foi assaltada’
Ele é Shuishi Gonda, o terceiro goleiro da seleção japonesa, e talvez por isso mesmo não desperte a atenção dos assessores e intérpretes da delegação de seu país. O goleiro andou pela zona mista como se estivesse em casa, tranquilamente, sem ser incomodado por ninguém. Ou quase ninguém. Ao ser questionado pela reportagem do UOL Esporte sobre a organização da Copa das Confederações no Brasil, Gonda quebrou o protocolo japonês e fez várias críticas ao evento.
"Eu gosto da Copa das Confederações. É um torneio legal para disputar. Mas aqui no Brasil não foi muito não", disse Gonda. "O povo brasileiro é ótimo, muito doce e simpático, mas a organização deixou a desejar", comentou. Os jogadores japoneses têm se esquivado de questões sobre a organização da Copa das Confederações no Brasil. Quando aceitam falar em inglês sobre o tema, dão respostas padronizadas, como: "Não tivemos problema algum no Brasil. Todos foram muito atenciosos". Mas Gonda relatou várias questões que o incomodaram: "O estádio no Recife era muito longe do hotel. Isso não foi bom. E ficamos sabendo que a seleção espanhola foi assaltada também em um hotel", disse o goleiro. "Até a mulher do Julio Cesar foi assaltada aqui", comentou o goleiro enquanto dobrava os dedos da mão direita para simular a imagem de um revólver.
A mulher do goleiro Julio Cesar é a atriz Susana Werner, que foi roubada por três homens armados, em Fortaleza, enquanto dirigia um carro alugado após a vitória do Brasil sobre o México, quarta-feira passada. "Isso tudo é um pouco assustador", disse Gonda. O Japão se despediu da Copa das Confederações neste sábado, em Belo Horizonte, com derrota para o México, por 2 a 1. Os japoneses, que estão classificados para a Copa do Mundo de 2014, perderam os três jogos disputados pelo grupo A.
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