Asfixia é a terceira maior causa de morte de crianças no Brasil

 


Mais de 3.300 crianças morrem e outras 112 mil são internadas em estado grave por ano em decorrência de acidentes ou lesões não intencionais, segundo dados do Ministério da Saúde. E a asfixia aparece entre a terceira causa de morte entre crianças com até 14 anos, depois dos acidentes de trânsito e afogamento. Entre os bebês de até 1 ano, esse já é o principal motivo dos óbitos.

Mortes e acidentes que poderiam ser evitados com ações de prevenção e primeiros socorros. Manobras de salvamento poderiam ter ajudado Pedro Henrique Silva, 10 anos. Ele morreu após engolir um balão de festa em Luziânia (GO), no último sábado (12).

Como evitar asfixia?

– Bebês devem dormir em colchão firme de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta que estejam presos embaixo do colchão. Remova brinquedos e travesseiros do berço enquanto o bebê estiver dormindo;


– Escolha brinquedos de acordo com a idade do seu filho e com selo do Inmetro. Peças menores que uma embalagem de filme fotográfico oferecem perigo de engasgamento. Os brinquedos de irmãos mais velhos devem ser guardados separados;

– Objetos pequenos, como botões, moedas e bolas de gude devem ser mantidos fora do alcance da criança;

– Prefira cortinas e persianas sem cordas;

– Amasse ou desfie as fibras dos alimentos antes de oferecê-los à criança. Entre os que apresentam mais risco de aspiração estão sementes, amendoim, oleaginosas, milho, feijão, pedaços de carne e queijo, balas duras, pipoca, goma de mascar e uvas inteiras;

– As crianças devem comer sentados à mesa – e não enquanto correm ou brincam.

Lei Lucas

Muitas pessoas desconhecem, mas o caso de Lucas Begalli, 10 anos, levou ensinamentos e mais proteção aos ambientes escolares. Em 2017, ele morreu engasgado com o cachorro-quente servido na hora do lanche durante uma excursão da escola. O menino teve uma asfixia mecânica em questão de minutos.

A fatalidade envolvendo o único filho mudou a vida da advogada, que lutou pela criação da Lei Federal 13.722/18, conhecida como Lei Lucas. A medida torna obrigatória a aplicação de cursos que preparem os professores e funcionários, de escolas públicas e privadas de ensino infantil e básico, no atendimento de primeiros socorros ao estudantes.

Apenas médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar situações de engasgo, indicar tratamentos e receitar medicamentos.


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