A município Jacobina está sendo rifado aos taquinhos, é o sentimento de quem vê o que está acontecendo com a invasão desenfreada de barracas que continuam brotando do nada, da noite para o dia, nos quatro cantos na Cidade do Ouro, principalmente em seu centro comercial.
Como se não bastasse o loteamento que já acontece sem nenhum regramento na Avenida Orlando Oliveira Pires, que causa transtorno a pedestres e principalmente ao público com dificuldade de locomoção, agora o novo alvo de tais construções passou a ser avenida Lomanto Júnior. Lá já se pode ver que as primeiras bases para novos micropontos já estão sendo construídos a todo vapor próximo do acesso da Passarela da Amizade.
A população se mostra atordoada com o que vem vendo acontecer cá pelas terras de Jacó e Bina, que arrisco dizer que certamente também ficariam horrorizados com este festival de barracas, concedidas ao bel prazer do executivo e a aparente apatia do Legislativo, num comportamento que beira a subserviência.
Tudo ocorre de forma desenfreada, sem nenhum tipo de critério ou regramento, passando por cima inclusive de tudo que rege o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), que é o instrumento básico que delimita a política de desenvolvimento e expansão urbana do município. Tal documento teria a função de evitar o que vem acontecendo nesta bela cidade, que perde seu brilho lentamente, e vê sua bela orla sucumbir aos interesses alheios .
Para tristeza do Jacobinense, o coitado do PDDU, que ja deveria inclusive ja ter passado por reformas, mas nem isso se fez, vem sendo solenemente ignorado por todos os poderes que deveriam primar por sua observância e aplicabilidade. Em outra palavras, por aqui parece que tal documentação não vale de mais nada, só pra inglês ver.
Nossa redação inclusive apura informação de que uma parte de uma Praça Publica do bairro da Jacobina III foi doada recentemente para a construção um ponto comercial particular, e esta tal construção privada utiliza inclusive uma das paredes de um prédio público que atende a comunidade. Ou seja, por aqui tudo se pode, para isso basta ser amigo de alguém que tenha tinta na caneta pra assinar. parece história de pescador, ou de garimpeiro, e antes fosse, mas para tristeza geral é a mais pura realidade.
Emerson Rocha / Bahia Acontece