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Febre maculosa: Saiba como evitar contato com o carrapato estrela. Se não tratada no início, mortalidade da febre chega a mais de 80%

 


A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e que é transmitida pela picada do carrapato estrela. Vale salientar que o carrapato estrela tem mai incidência no sudeste, e tem como hospedeiro principal a capivara. Outras especies de carrapato não transmitem a doença.

Os casos de febre maculosa estão concentrados no Sudeste. De 1.216 casos registrados de 2018 até março deste ano, 759 foram nos quatro estados da região, liderada por São Paulo, com 386. Já os óbitos somaram 380 no País, sendo 342 no Sudeste e, destes, 219 em municípios paulistas, segundo dados do Ministério da Saúde.

Nesta última semana, a doença provocou a morte de quatro pessoas que estiveram em uma fazenda na cidade de Campinas, no interior paulista. A febre pode se manifestar desde uma forma leve até formas mais graves, provocando hemorragias e o comprometimento de vários órgãos de nosso sistema.


Doença pode ser confundida com outras. 

A doença é tratável com antibióticos específicos, mas os sintomas iniciais se confundem com os de outras doenças, como leptospirose, dengue e até a covid. A pessoa fica dois ou três dias com febre, enquanto a bactéria vai destruindo os vasos sanguíneos, o que causa as lesões na pele. Aí é ladeira abaixo. Se não é tratada no início, a mortalidade é altíssima, chega a passar de 80%.

Época mais comum. Embora não seja uma doença sazonal, a febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam os micuins. 


Dicas para  evitar contato com o carrapato


A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato. Por isso, para preveni-la, o ideal é evitar estar em locais onde haja exposição a esses bichos ou adotar algumas medidas para quando estiver visitando alguma dessas regiões silvestres, de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta.


O Ministério da Saúde indica que, ao visitar uma dessas regiões de maior risco, a pessoa utilize roupas claras, que ajudam a identificar mais rapidamente o carrapato, que tem cor escura. Também é importante usar calças e blusas com mangas compridas e utilizar botas. Se possível, diz o ministério, deve-se prender a barra da calça à meia com fita adesiva.


Outra indicação da pasta é que pessoa utilize repelentes, principalmente os que tenham como princípio ativo DEET, IR3535 e Icaridina. Outra medida importante é evitar carrapatos nos animais de estimação.

Em visita a áreas de risco, o ministério alerta para que as pessoas verifiquem se há presença de carrapatos sobre suas roupas ou pele a cada duas ou três horas, removendo-os imediatamente para reduzir o rico de transmissão da doença. Segundo o ministério, é importante atentar-se inclusive para os micuins, a forma jovem do carrapato e que são mais difíceis de serem visualizados, mas também podem transmitir a doença.


Caso encontre carrapatos aderido ao corpo, é importante que a remoção seja feita com uma pinça, e não com os dedos. Também é importante não encostar objetos aquecidos ou agulhas para retirar o bicho. “Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença”, informa o ministério.

Após o uso, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos.


Febre maculosa


O Brasil registrou 2.059 casos de febre maculosa de janeiro de 2013 a 14 de junho de 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Desse total, 1.292 casos foram na Região Sudeste. Desde o início deste ano, 53 casos ocorreram em todo o país, dos quais 30 se concentraram no Sudeste.


Bahia Acontece, via Viva Bem OUL / R7


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