A procuradora de Justiça do Ministério Público de Goiás (MPGO), Carla Fleury de Souza, fez um discurso indignado na sessão do Conselho de Procuradores de Justiça da última segunda-feira (29), reclamando que seu salário de R$ 37,5 mil seria suficiente apenas para ela “fazer suas vaidades”. Somente neste ano, até abril, a remuneração bruta média da procuradora foi de R$ 59.5 mil mensais, com rendimento líquido médio de R$ 44,6 mil por mês.
A fala foi feita no contexto do confronto a críticas da imprensa e de um parlamentar ao pleito de integrantes do MP de Goiás para evitar desvalorização salarial. E Carla Fleury de Souza pediu que os demais integrantes da cúpula do MP de Goiás refletissem sobre a situação salarial de promotores que iniciam a carreira, cuja remuneração para entrância inicial é de R$ 32,2 mil brutos, segundo o portal da transparência do órgão ministerial goiano.
“Pensemos nos promotores. Eu sou uma mulher. Graça a Deus meu marido é independente, porque eu não mantenho minha casa. O meu dinheiro é só para mim [sic] fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos”, protestou a procuradora, demonstrando constrangimento e revolta.
Carla Fleury de Souza lembrou ainda de sua criação “com sacrifícios”, como filha de promotor de Justiça, citando que seu pai se aposentou para advogar e poder pagar sua escola.
Hoje, a procuradora acumula o recebimento de R$ 178,4 mil em rendimentos líquidos, somente em 2023, até o mês de abril. Neste mesmo período, foram R$ 238,2 mil em rendimentos brutos. No mês de março, o MP de Goiás pagou R$ 58,4 mil líquidos a Carla Fleury de Souza. Valor resultante de um rendimento bruto de R$ 75,5 mil, que continha R$ 29,1 mil de “verbas indenizatórias”. (Diário do Poder)
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