A Comissão Municipal de São Paulo da Verdade vai
se reunir nesta terça-feira (1º) para ouvir o depoimento de Josias Nunes
de Oliveira, motorista que foi acusado de provocar o acidente de carro
que matou o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, em 22 de
agosto de 1976. Oliveira dirigia um ônibus da Viação Cometa, na Rodovia
Presidente Dutra, no município de Resende, no Rio de Janeiro. Foi o
veículo que bateu no carro em que estavam JK e seu motorista, Geraldo
Ribeiro, que também morreu. O vereador Gilberto Natalini (PV-SP),
presidente da Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, solicitou
ao governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), a realização de
duas novas perícias técnicas ligadas ao caso JK. A primeira é no
fragmento metálico encontrado dentro do crânio de Geraldo Ribeiro em
1996, quando os restos mortais do motorista de JK foram exumados. Na
época, peritos alegaram que o fragmento era resto de um prego do caixão
no qual Ribeiro havia sido enterrado. Natalini quer se certificar de que
o fragmento não é parte de um projétil de arma de fogo de uso exclusivo
das Forças Armadas. A outra perícia é no crânio de Ribeiro, que
apresentava um buraco em 1996. Suspeita-se de que o furo pode ter sido
provocado por projétil de arma de fogo.
ESTADÃO
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