Para tentar baratear custo de bilhete, Anac quer rever direitos de passageiros



A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer abrir, ainda no mês de fevereiro, consulta pública para que a população opine se concorda em flexibilizar alguns direitos dos passageiros do transporte aéreo para tentar reduzir o custo das passagens aéreas. Um dos objetivos seria diminuir ou acabar com a franquia de bagagem, que hoje é de 23 quilos para voos nacionais e de até 32 quilos para internacionais, além de criar sistemas como os que existem no exterior de empresas com modelo de baixo custo, que só permitem embarque com mochilas ou pequenas bagagens de mão. A afirmação foi feita na terça-feira, 26, pelo presidente da Anac, Marcelo Guaranys, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Nós vemos que, em outros países, a flexibilidade de bagagem muitas vezes gera, de fato, redução do preço da passagem", comentou. Ele informou que outra proposta a ser discutida é o tipo de assistência que as empresas são obrigadas a oferecer aos passageiros. As obrigações impostas às empresas, lembrou, também têm impacto no preço da passagem. Por exemplo, no Brasil, as empresas são obrigadas a dar alimentação e hospedagem para os passageiros mesmo em caso de cancelamento de voos por motivos alheios à sua gestão, como mau tempo. Ele citou como exemplo fechamento dos aeroportos pela nevasca nos Estados Unidos para dizer que "lá fora as empresas aéreas não precisam pagar assistência para estes casos". E emendou: "Precisamos saber que assistência nós achamos adequada para que as passagens não fiquem muito caras e as pessoas continuem podendo viajar." De acordo com Guaranys, "é importante reduzir os custos das passagens aéreas" para garantir que a população possa continuar voando. "Neste momento, a gente tem de verificar o que é possível fazer para reduzir custo desnecessário para a empresa e entendemos que existem determinados custos que podem ser aliviados", justificou.

BN

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