Aparelhos falsos viram moda entre os jovens e podem causar perda de dentes


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É cada dia mais comum ao andarmos nas ruas de comércios populares e nos depararmos com camelôs vendendo borrachas e fios dentários, que vão de fios de arames para a construção civil, cerdas de vassouras, elásticos trançados, até super cola com para fins ortodônticos sem nenhuma fiscalização, além de não passarem por nenhum protocolo de biossegurança. O baixo custo tem sido o maior atrativo; podendo assim qualquer pessoa sem nenhuma capacitação, instalar, seja em si próprio ou em outrem, o que tem atraído uma grande clientela, sobretudo os jovens que considera o aparelho ortodôntico como um acessório de beleza. O que muitos jovens não sabem, é que estes 'aparelhos' podem causar perda dentária, além de outras inúmeras deformidades na cavidade oral, como problemas de mastigação, reação alérgica, perda óssea, doença periodontal, ulcerações na mucosa bucal e movimentações dentárias desnecessárias, revela alguns artigos científicos.

"Achei legal, vi os meus amigos colocando, estava na moda e decidi colocar também" diz a estudante de 15 anos que instalou o aparelho sozinha, em casa com os materiais que comprou com sua amiga.         

"Eu só vendia a borrachinha, um pacotinho com 10 cores e cobrava R$ 5,00, mas na loja que eu comprava vendia de tudo, até cola de bráquetes. Os camelôs também vendiam, mas eu não comprava na mão deles porque era mais caro" relata o jovem que deixou de vender os acessórios a pouco mais de três semanas. O mesmo contou também que a maior parte dos seus clientes eram jovens maiores de idade, mas também tinha algumas pessoas de quinze e dezesseis anos de idade que comprava os itens em sua mão. 

Segundo o art. 73 do Conselho Federal de Odontologia, compete ao especialista em Ortodontia o planejamento do tratamento e a sua execução mediante indicação, aplicação e controle dos aparelhos mecanoterápicos, para obter e manter relações oclusais normais em harmonia funcional, estética e fisiológica com as estruturas faciais. Embora sejam vendidos de forma proibida, não existe nenhum tipo fiscalização para que esses produtos deixem de ser comercializados livremente.


Fernanda Matos
Jornalista

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