A Justiça Federal negou pedido de liberdade feito pela defesa do empresário Vinicius Pellenz, que foi preso nesta sexta-feira (1) pela Polícia Federal (PF) em Caxias do Sul (RS), sob a acusação do crime de locaute durante a paralisação de caminhoneiros. Locaute é como é chamada a greve ou paralisação realizada por ou com o incentivo de empresários, prática que é considerada criminosa pelo Código Penal brasileiro. A decisão foi proferida pela desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre. Para a magistrada, a prisão do empresário deve ser mantida por mais cinco dias a fim de não atrapalhar as investigações, que estão apurando supostas ameaças feitas por Pellenz através do aplicativo WhatsApp, incitando a participação dos caminhoneiros que estavam na região da Serra Gaúcha na paralisação. De acordo com a Agência Brasil, o advogado de Pellenz admitiu que a voz gravada nos áudios anexados ao inquérito era mesmo do seu cliente. Entretanto, segundo Lúcio Santoro Constantino, o empresário não estava insuflando os caminhoneiros a impedir os companheiros a voltar ao trabalho, mas sim reclamando dos bloqueios que prejudicariam as atividades das empresas locais, incluindo a sua e a da família. Até a última terça-feira (29), a PF já tinha aberto 48 inquéritos para investigar a ocorrência de locaute na paralisação dos caminhoneiros e encaminhado à Justiça vários pedidos de prisão. (BN)
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