Registros oficiais revelam que o ônibus envolvido no acidente com torcedores do Corinthians apresentava problemas de documentação e histórico de 33 multas, sendo 5 por transitar acima da velocidade permitida e 1 por evasão do pedágio. O total de débitos chegou a R$ 10.155,00,74.
O veículo também estava com a documentação vencida. O último licenciamento foi realizado em 2019, e não tinha autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o transporte de passageiros.
De acordo com o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo, o tacógrafo do veículo, um dispositivo que registra informações importantes, como a distância e o tempo percorrido pelo veículo, também estava vencido.
Motorista cometeu infração que suspende CNH e não deveria estar dirigindo
Além disso, o motorista do ônibus, que também é o proprietário da empresa CFV Martins Transportes, tem várias infrações de trânsito registradas em seu prontuário. Ele permanece internado em estado grave em Minas Gerais.
Como pessoa física, o motorista, identificado como Cleber Felipe Vicente Martins, recebeu 17 multas entre 2019 e 2022. Em uma delas, em 2021, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito, a recusa a fazer esse teste resulta em uma multa gravíssima, com suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Além disso o veículo estava com o tacógrafo vencido há quase três anos, conforme o Instituto de Pesos e Medidas do estado de São Paulo (Ipem-SP).
O dispositivo é obrigatório em caminhões, ônibus e veículos acima de 4.536 kg ou capacidade para mais de dez passageiros. O tacógrafo é responsável por monitorar todo o trajeto e registra informações das viagens como distância percorrida, tempos de parada, direção e velocidade desenvolvida. Os dados são gravados em um papel ou fita que deve ser trocado a cada 24 horas. O objeto é considerado a 'caixa preta' dos veículos de carga e pode ajudar na redução dos acidentes.
O que dizem os envolvidos
O Jornal Hoje não conseguiu contato com as defesas do motorista e da empresa. Em casos onde o motorista se recusa a fazer o teste do bafômetro, o departamento de trânsito afirmou que há um prazo de cinco anos para a instauração de processos de suspensão do direito de dirigir.
A reportagem em contato com o Detran de São Paulo, que respondeu que sobre as informações do condutor, segue as determinações da lei geral de proteção de dados, não podendo fornecer informações pessoais de qualquer cidadão.
Jornal Floripa
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