O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, denunciou na ultima quinta-feira (15) o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) pelo crime de injúria contra o governador Eduardo Leite (PSDB).
Em 14 de julho, após Leite anunciar a continuidade do programa de escolas cívico-militares no Estado, Wyllis criticou a decisão, citando “homofobia internalizada”. "Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!", escreveu o ex-deputado.
De acordo com a promotora de Justiça Claudia Lenz Rosa, que assinou o pedido de denúncia contra Jean Wyllys, o petista injuriou o governador “ofendendo-lhe a dignidade e o decoro, em razão de sua orientação sexual”.
"Na ocasião, sob o pretexto de criticar um anúncio feito pela vítima, na condição de Governador do Estado do Rio Grande do Sul, de que iria manter o modelo estadual de escolas cívico-militares, o denunciado usou a mencionada rede social para fazer uma postagem ofensiva à orientação sexual da vítima (...) Ao dirigir sua crítica a atributos pessoais da vítima, relacionados à sua orientação sexual, quando poderia limitar-se a crítica do fato, objeto da inconformidade, o denunciado extrapolou a liberdade de expressão e atingiu deliberadamente e com animus injuriandi (intenção de injuriar), a honra subjetiva da vítima” , diz a promotora.
Depois do incidente, o governador gaúcho acionou o MP-RS contra o ex-deputado, e no dia 26 de julho o Ministério Público gaúcho pediu à Justiça a quebra de sigilo de Jean Wyllys e a remoção da publicação com as críticas direcionadas a Leite. A Justiça acatou o pedido.
Após a denuncia do MP, o ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) disse não ter "tempo para mau-caratismo"
Wyllys também expôs um print de uma conversa no WhatsApp com o jornalista Giovani Gafforelli, da Rádio Guaíba, em que o profissional pede um posicionamento do ex-deputado sobre o caso.
O petista escreveu que não queria se pronunciar e afirmou que deixaria Leite usar essa "litigância de má-fe" (agir com o objetivo de causar dano a um processo).
Gazeta do Povo/UOL
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