Um recente estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostrou que, entre as 27 unidades da federação, 22 delas e o Distrito Federal, devem fechar 2024 no vermelho, com um déficit total estimado em R$ 29,3 bilhões. Ou seja, só quatro vão terminar o ano no azul, com as receitas e despesas equilibradas.
A diminuta lista de estados superavitários inclui São Paulo, Amapá, Espírito Santo e Mato Grosso – que deve terminar o ano no zero a zero. Entre os deficitários, o Rio de Janeiro está em pior situação, com um buraco de R$ 10,4 bilhões ou um terço do total. A seguir, vêm Minas Gerais (-R$ 4,2 bilhões), Ceará (-R$ 3,9 bilhões), além de Paraná (-R$ 3,5 bilhões) e Rio Grande do Sul (-R$ 3,1 bilhões), cuja situação deve se agravar com os caos causado pelas chuvas.
A questão é por que o buraco acolhe tantos e é tão grande? Nayara Freire, especialista em estudos econômicos da Firjan, observa que os estados, sob o ponto de vista fiscal, tiveram por um período positivo até o pós-pandemia.
Arrecadação em alta
Nessa fase, a arrecadação aumentou puxada por taxas maiores de inflação e houve um congelamento de despesas com os juros da dívida com a União”, diz. “Além disso, só foram permitidos reajustes de salários de funcionários vinculados à área da saúde, por exemplo.” O fato é que a receita dos estados cresceu 21,4% entre 2019 e 2021, variação acima da inflação do período, que ficou em 15%.
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