Governo Lula manda desligar radares em rodovias federais por falta de verbas e Justiça intervém. Omissão qualificada causa apagão, cita juíza

 



Após o governo federal mandar desligar todos os radares nas rodovias federais brasileiras no início de agosto deste ano, a Justiça determinou que os equipamentos voltem a funcionar. Ao todo, 47 mil km de estradas foram afetados pela decisão.

O motivo do desligamento dos radares ficou claro: falta de recursos do governo Lula para manter o Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV).

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) confirmou que o orçamento caiu de R$ 364 milhões para R$ 43,3 milhões, uma redução de aproximadamente 88%.

Esse valor foi considerado insuficiente para manter o sistema até o final de 2025.

Especialistas afirmam que esses equipamentos são essenciais para conter o excesso de velocidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, essa é justamente a principal causa das mortes no trânsito.


Metas

O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito estabelece que os índices de mortes no trânsito devem ser reduzidos em 50% até 2030.


No ano passado, o Brasil registrou 34 mil mortes em rodovias. Somando-se a isso, os prejuízos econômicos chegam a R$ 22,6 bilhões.

Por outro lado, os aparelhos geram anualmente R$ 1,1 bilhão em multas, porém essa verba não são aplicadas no programa, mas destinada às despesas administrativas do DNIT.


JUSTIÇA DETERMINA




Após a decisão do governo a justiça Federal determinou que o governo deve garantir a reativação dos radares de velocidade em rodovias federais. Equipamentos espalhados por estradas do País deixaram de funcionar em agosto, por falta de verba, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).


A decisão da Justiça cita descumprimento do Acordo Nacional dos Radares, assinado em 2019, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (então no PSL), após análises sobre os índices de criticidade de acidentes e mortes nas rodovias brasileiras.

Na época, ficou provado que os equipamentos contribuíram para queda de 24,7% no número de mortes nas rodovias federais entre 2010 e 2016. .

Para a juíza Diana Wanderlei, que assina a decisão publicada na segunda-feira 18, o caso representa uma omissão qualificada do Estado em grandes proporções e causa um “apagão das rodovias” colocando em risco a vida dos motoristas, diante do aumento exponencial da velocidade de veículos em trechos sem fiscalização.

A juíza determinou que o Dnit tem 24 horas para comunicar as empresas concessionárias de radares para que os mantenha ligados em pleno funcionamento. Caso contrário, as empresas e o próprio órgão terão de pagar multas de 50 mil reais por dia.


Fontes : https://www.diariodolitoral                    https://www.cartacapital.com.br


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